Fotografia de natureza. Foto: Pixabay

Museu de História Natural e da Ciência está à procura do Fotógrafo do Ano

Pela primeira vez, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), da Universidade de Lisboa, está a promover um concurso de fotografia para difundir a Natureza e a Ciência em Portugal e nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP). Pode participar até 30 de Março.

 

Esta iniciativa pretende distinguir “imagens bem executadas, mas ao mesmo tempo criativas e autênticas, captando momentos únicos de História Natural e de Ciência obtidas preferencialmente em Portugal ou nos países africanos de língua oficial portuguesa, unindo Ciência, Arte e Técnica”, segundo o Museu.

Podem participar fotógrafos amadores ou profissionais em cinco categorias para adultos – Biodiversidade, Geodiversidade, Microfotografia, Ciência e Tecnologia, Astrofotografia – e duas para crianças e jovens (prémio de fotografia infantil, para menores de 10 anos e um prémio de fotografia jovem, dos 10 aos 17 anos). Para cada categoria existirá um vencedor.

O principal premiado, o Fotógrafo do Ano em História Natural e Ciência, será o autor da imagem selecionada pelo júri nas diferentes categorias, como sendo a mais criativa. Os vencedores serão conhecidos a 23 de Junho.

A ideia de lançar este concurso “surgiu da própria missão do Museu”, explicou à Wilder César Garcia, botânico e investigador do cE3c e do Museu. Ou seja, “difundir para todos os públicos o conhecimento sobre a Natureza e a Ciência com trabalhos de excelência, fomentando práticas de observação e registo através da fotografia da natureza e da ciência e tecnologia a diferentes escalas”.

As imagens serão escolhidas por um júri de 16 fotógrafos, cientistas e outros profissionais de História Natural e Ciência. Entre estes especialistas estão os fotógrafos de natureza Fernando Romão, Luís Quinta e Luís Gomes, bem como Jorge Paiva (Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra) e Miguel Claro, astrofotógrafo oficial da Reserva Dark Sky Alqueva.

“Quisemos envolver fotógrafos profissionais e cientistas de diferentes áreas na seleção das melhores imagens em diferentes categorias”, acrescentou César Garcia. As imagens serão escolhidas segundo os critérios da “criatividade, a composição, a relevância do objecto retratado, entre outros aspectos de natureza técnica”.

“As questões éticas são também de extrema importância para esta competição, não devendo ser colocadas em risco formações geológicas, espécies e habitats com ou sem estatuto de conservação ou objetos de coleções científicas.”

O responsável explicou ainda que o concurso aceita “imagens preferencialmente obtidas em território nacional ou nos Países de Língua Oficial Portuguesa. No entanto, não serão excluídas imagens obtidas noutros locais”. Cada participante pode concorrer com um total máximo de 10 imagens numa ou mais categorias, com exceção das crianças que apenas podem concorrer à categoria correspondente à sua faixa etária.

Acima de tudo, acrescentou, “os elementos do júri pretendem ser surpreendidos com imagens bem executadas, mas ao mesmo tempo criativas e autênticas, captando momentos únicos de História Natural e de Ciência”.

As melhores fotografias farão parte da “I Exposição de Fotografia em História Natural e Ciência |MUHNAC-ULISBOA”, prevista para o segundo semestre de 2018, no Museu.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Pode consultar aqui o regulamento do concurso e aqui como se inscrever.

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.