Foto: Joana Bourgard / Wilder

Portugal vai ficar fascinado por plantas a 18 de Maio

Treze cidades portuguesas juntam-se a 18 de Maio às celebrações do Dia Internacional do Fascínio das Plantas. O grande objectivo que reúne 34 países é pôr o máximo número de pessoas fascinadas por plantas.

 

Esta é a quarta edição da iniciativa, que partiu da Organização Europeia para a Ciência das Plantas (EPSO, European Plant Science Organisation). Este ano, o Dia Internacional do Fascínio das Plantas chega a 34 países como Portugal, Japão, México, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Cabo Verde, Alemanha e China.

“As plantas são fascinantes. A partir de uma pequena semente, lançada ao solo, muitas vidas verdes podem surgir, desde pequenas ervas a grandes árvores, ou desde flores ornamentais às culturas de que todos os animais e seres humanos precisam para sobreviver neste planeta”, escrevem os organizadores do evento.

Estima-se que existam cerca de 250.000 espécies de plantas no planeta. A primeira lista de referência das plantas de Portugal, elaborada pela Associação Lusitana de Fitossiciologia e publicada em 2010, dava conta de um total de 3.995 espécies para o país.

Em Portugal, o evento é coordenado pelo ITQB (Instituto de Tecnologia Química e Biológica), de Oeiras. Será celebrado em 13 cidades, ao longo do mês de Maio.

Almada promove dois eventos, mais concretamente uma visita guiada ao Jardim Botânico da Casa da Cerca e oficinas para fazer papéis e tintas com as plantas do jardim.

Em Bragança serão distribuídas plantas produzidas nas estufas do Instituto Politécnico de Bragança. Em Moura vai ser organizada uma visita guiada à Horta Comunitária daquela cidade do Baixo Alentejo para sensibilizar as pessoas para a importância das plantas na agricultura e conservação do Ambiente.

Em Cantanhede, as plantas “invadem” o Parque Tecnológico da cidade, com brochuras, mapas dos jardins do local e informações no refeitório com algumas curiosidades sobre as plantas.

Na capital portuguesa, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência organiza uma série de visitas guiadas e jogos interactivos. Na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa estará a exposição interactiva “Há Vida na Terra: Plantas. Luz. Solo” e haverá uma palestra sobre frutos e derivados. A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa lança um desafio fotográfico para captar a diversidade botânica do campus na Caparica. Os vencedores serão anunciados a 30 de Maio.

Em Sintra, a empresa Parques de Sintra – Monte da Lua organiza uma visita guiada por biólogos para explorar a botânica do Parque da Pena e na Maia haverá uma conversa sobre a importância das plantas como fonte de fármacos usados em medicamentos.

Nas celebrações inserem-se ainda duas visitas guiadas ao Pomar da Noz-Pecan no Campus de Oeiras e no Porto, decorrerá uma conferencia sobre o Fascínio das Plantas no Salão Nobre da FFUP/ICBAS.

Em Castelo Branco são realizadas palestras sobre agricultura e alimentação e o Parque Biológico de Gaia organiza uma visita guiada para dar a conhecer a flora do Parque de Dunas da Aguda e outra à colecção de camélias do Parque da Quinta do Conde das Devesas. No próprio Parque Biológico está marcado um percurso guiado com especial orientação para as árvores.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Conheça aqui todas as actividades previstas em Portugal para celebrar o Dia Internacional do Fascínio das Plantas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.