Foto: CERVAS

CERVAS vai libertar mais de 50 aves selvagens no mês de Julho

O CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens), em Gouveia, prepara-se para devolver à natureza 55 aves selvagens que ali entraram com vários problemas. Corujas-das-torres, águias-d’asa-redonda e piscos-de-peito-ruivo são algumas das espécies que vão ser libertadas, ao longo das próximas semanas.

 

Entre as aves que entraram neste centro de recuperação de animais selvagens, e que em breve vão ser devolvidas à natureza, estão algumas espécies de aves de rapina nocturnas, informa uma nota do CERVAS: corujas do mato (Strix aluco), corujas das torres (Tyto alba), mochos galegos (Athene noctua) e mochos d’orelhas (Otus scops).

 

 

Já os milhafres pretos (Milvus migrans), os tartaranhões caçadores (Circus pygargus), as águias d´asa redonda (Buteo buteo) e os peneireiros vulgares (Falco tinnunculus) são algumas das aves de rapina diurnas que estão em recuperação no centro, e que vão regressar à natureza também ao longo deste mês.

 

 

Entre as espécies alojadas neste centro em Gouveia, no Parque Natural da Serra da Estrela, e que vão ser libertadas, estão ainda vários andorinhões pretos (Apus apus) e andorinhões pálidos (Apus pallidus), tal como passeriformes de diferentes espécies: pisco de peito ruivo (Erithacus rubecula), rabirruivo (Phoenicurus ochruros), tordoveia (Turdus viscivorus) ou andorinha dos beirais (Delichon urbicum), exemplifica o CERVAS, que está em funcionamento desde 2006.

 

 

“A principal causa de ingresso destes animais foi a queda precoce dos ninhos, mas também há situações de atropelamento, cativeiro ilegal e colisões”, avançam.

As primeiras duas libertações, de dois milhafres-pretos,  realizaram-se no último domingo, 9 de Julho.

Nestas acções costumam estar presentes as pessoas que encontraram o animal, tal como diversas entidades convidadas, uma vez que um dos objectivos é contribuir para a educação ambiental, adiantam os responsáveis do centro. Estas iniciativas estão também abertas a todas as pessoas interessadas.

 

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Saiba mais.

Para saber as datas e locais de libertação das aves recuperadas no CERVAS, pode consultar a página do centro no Facebook.

Aprenda o que fazer se encontrar uma cria de andorinhão.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.