lobo ibérico
Lobo ibérico conservado no Museu de História Natural, Lisboa. Foto: Joana Bourgard

Consulta pública a Plano de Acção para lobo termina nesta sexta-feira

Faltam apenas quatro dias para terminar o prazo de auscultação pública do Plano de Acção para a Conservação do lobo-ibérico em Portugal, disponível a todos de 20 de Novembro a 18 de Dezembro de 2015.

 

O Plano de Acção – PACLobo 2015-2020 – tem como maior objectivo coordenar o esforço nacional para a conservação do lobo-ibérico em Portugal.

As medidas para chegar a esse fim passam por quatro eixos: potenciar a coexistência do lobo com a presença humana, aumentar o conhecimento sobre a espécie, promover a sensibilização em prol da sua conservação e articular as medidas de política.

A aplicação do plano estará a cargo do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Desde 1990 que o lobo-ibérico (Canis lupus signatus) está classificado como Em Perigo no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Nessa altura, a espécie ocuparia apenas 20% da sua área de distribuição original em Portugal, mais concretamente no Norte e Centro. Uma década depois, entre 2002 e 2003 foi realizado um censo nacional, onde foram identificadas 63 alcateias (51 confirmadas e 12 prováveis). A população de lobo-ibérico em Portugal foi estimada entre 220 e 430 animais.

Hoje em dia não se sabe ao certo quantos lobos vivem em Portugal. O documento do plano de acção refere estudos compilados entre 2003 e 2014 para avançar com estes números: 47 alcateias (41 confirmadas e seis prováveis).

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Conheça aqui o Plano de Acção e como poderá dar a sua opinião.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.