Correios norte-americanos dedicam série de selos a insectos polinizadores

Os Serviços Postais dos Estados Unidos lançaram no início do mês uma série de cinco selos com o tema “Proteger os Polinizadores”, dedicada a uma espécie de borboleta e a uma espécie de abelha, ambas consideradas os insectos polinizadores mais icónicos do país.

 

A cerimónia aconteceu a 3 de Agosto na Sociedade Filatélica Americana em Richmond, na Virgínia, e salientou a importância dos insectos polinizadores, bem como o papel dos cidadãos na sua conservação.

Os cinco selos são imagens de borboletas-monarca (Danaus plexippus), de abelhas-melíferas (Apis mellifera) e das flores nativas dos Estados Unidos que polinizam, captadas por cinco fotógrafos (Karen Mayford, George D. Lepp, Bonnie Sue Rauch, Michael Durham e Justin Fowler).

 

 

 

 

 

“As abelhas, borboletas e outros polinizadores sustentam o nosso ecossistema e são um recurso natural vital”, disse Gary Shapiro, dos Serviços Postais dos Estados Unidos. “Elas estão a ser ameaçadas e precisamos de as proteger.”

A escolha destas duas espécies é explicada por serem as mais icónicas de entre os polinizadores nos Estados Unidos. “As monarcas conseguem voar milhares de quilómetros numa das mais espectaculares migrações da natureza (…) e as abelhas melíferas são os polinizadores mais importantes do continente, polinizando amendoeiras, limoeiros, pessegueiros, macieiras, cerejeiras, cebolas e abóboras, para nomear apenas alguns exemplos”, segundo um comunicado dos Correios norte-americanos.

“A população de borboleta-monarca registou um declínio superior a 80% nos últimos 20 anos, muito por causa da perda de habitat nos territórios onde se reproduzem, passam o Inverno e por onde migram”, explicam.

Esta é a segunda série que os Correios norte-americanos dedicam aos polinizadores, depois da última lançada em 2007.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.