Nasceram três crias de lince-ibérico em Silves

Começou a 3 de Março a nova temporada de partos no Centro Nacional de Reprodução de Lince-Ibérico, em Silves, com o nascimento de três crias, foi hoje revelado.

 

Artemisa, emparelhada com o macho Foco, pariu entre as 13h10 e as 14h30 de 3 de Março três crias “aparentemente saudáveis e com muita vitalidade”, segundo um comunicado do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Este é o quarto parto de Artemisa em Silves e o sexto desde que integrou o Programa de Conservação Ex-Situ do Lince-Ibérico.

Na temporada de partos de 2016 há um total de 23 casais definidos na totalidade dos cinco centros de reprodução da espécie em cativeiro, a nível ibérico. São esperadas entre 28 e 40 crias. As primeiras 10 já nasceram.

O primeiro parto aconteceu a 24 de Fevereiro em El Acebuche (Doñana, Andaluzia). Adelfa, de 12 anos de idade, deu à luz três crias. Foi a sua sétima ninhada.

Ontem, 3 de Março, foi a vez de Artemisa, com as suas três crias em Silves. No mesmo dia, no centro de reprodução de Zarza de Granadilla, a fêmea Hubara (emparelhada com o macho Hache) deu à luz quatro crias, segundo o Programa de Conservação Ex-Situ.

Este ano aguardam-se mais 20 possíveis partos, cinco dos quais no centro português. A equipa técnica do centro de Silves trabalhou em seis casais: Artemisa e Foco, Fruta e Jabugo, Juromenha e Fresco, Era e Fado, Jabaluna e Enebro e Junquinha e Drago. Jabaluna e Junquinha são fêmeas primeiriças.

No ano passado nasceram 61 crias nos cinco centros, o maior número desde que se começaram a reproduzir linces em cativeiro. Desses, 45 estão a ser reintroduzidos na natureza, até Abril.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.