Passadiços do Paiva e Rota dos Geossítios dão a Arouca prémio Geoconservação 2017

A Câmara Municipal de Arouca recebe amanhã o prémio Geoconservação 2017, galardão anual que distingue as autarquias que melhor conservem e valorizem o seu património geológico, como reconhecimento pelo valor dos Passadiços do Paiva e Rota dos Geossítios.

 

O prémio – que será entregue no sábado, 22 de Abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho – é uma iniciativa da ProGEO Portugal – Associação Portuguesa para a Conservação do Património Geológico.

Esta é a 14ª edição do prémio, que já distinguiu as autarquias de Idanha-a-Nova, Valongo, Porto, Cantanhede, Paredes, Torre de Moncorvo, Alcanena, Macedo de Cavaleiros, Rio Maior, Grândola, Sesimbra, Lisboa e Viana do Castelo.

Arouca já tinha recebido um prémio em 2008, como reconhecimento pelo projecto Geoparque Arouca. Este ano, voltou a ser distinguida, de entre as candidaturas de seis municípios e da Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto.

Desta vez, Arouca foi premiada por “todo o trabalho desenvolvido no âmbito do Arouca Geopark, nomeadamente com os projectos Rota dos Geossítios e Passadiços do Paiva”, segundo uma nota da autarquia.

A vice-presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, diz que esta distinção “assinala, de forma muito positiva, o nosso trabalho em prol do desenvolvimento sustentável, com base na geoconservação, na geoeducação e no geoturismo”.

A ProGEO Portugal explica que, na sua avaliação, “foram privilegiadas as candidaturas que reflectem um trabalho já concretizado, centrado nos geossítios propriamente ditos e demonstrando um claro empenho de disponibilização de recursos das autarquias na defesa do património geológico”.

A entrega do prémio coincide com o Dia Mundial da Terra e uma altura em que Arouca celebra o 8º aniversário da entrada do Arouca Geopark nas redes europeia e global de geoparques.

O júri foi constituído por elementos da ProGEO Portugal, da Associação Portuguesa de Geólogos, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), da revista National Geographic Portugal e da tutela europeia da ProGEO.

 

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Os correspondentes da Wilder Cláudia e Vítor percorreram os Passadiços do Paiva. Pode ler aqui o seu testemunho.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.