Foto: Joana Bourgard

Portugal tem uma nova associação de conservação da natureza

A Associação Natureza Portugal (ANP) foi apresentada nesta sexta-feira para “conservar a riqueza natural” do país, em associação com a organização internacional WWF (World Wide Fund for Nature).

 

A nova organização da sociedade civil, com sede em Lisboa, iniciou a sua actividade a 1 de Janeiro deste ano. As suas prioridades são a conservação das florestas, da biodiversidade marinha e dos ecossistemas de água doce e a promoção da pesca sustentável, segundo um comunicado enviado à Wilder.

Na verdade, a ANP vai trabalhar numa estratégia conjunta de conservação com a WWF, “em alinhamento com a missão e estratégia” desta organização. Propõe-se implementar “metodologias inovadoras de proteção dos recursos naturais” e aproximar-se da sociedade portuguesa, através de parcerias e alianças. Desde 1999, a WWF estava no nosso país através de uma equipa do programa WWF Mediterrâneo para Portugal, coordenada por Ângela Morgado. Esta socióloga passa agora a ser directora-executiva da ANP.

“Este é um passo muito importante para o movimento ambientalista português”, comentou Francisco Rego, presidente da direcção da Associação Natureza Portugal, professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia (ISA) e coordenador do centro de investigação Centro de Ecologia Aplicada Baeta Neves.

“É uma alegria poder participar neste novo projeto, que está alinhado com a WWF internacional, e poder fazer parte desta associação que irá levar ainda mais longe um trabalho de conservação que os portugueses já conhecem, e a que todos nos dedicamos com empenho.”

Além de Francisco Rego, fazem também parte da associação a bióloga Catarina Grilo (vice-presidente), especializada em conservação marinha e pescas, e António Gonçalves Ferreira, Presidente da UNAC – União da Floresta Mediterrânica, entre outros especialistas em Ambiente.

Até agora, a WWF em Portugal organizou iniciativas como a Hora do Planeta, o programa Sobreiro (de certificação de áreas de montado), o projeto de cogestão em pescas sobre a captura do percebe na Berlenga e o projeto Fish Forward que promove o consumo responsável de pescado.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.