Foto: Joana Bourgard

Prémios ICNF entregam até 150 mil euros a três projectos de conservação

A conservação da natureza das zonas húmidas, da serra do Alvão e de um carvalhal no concelho de São Pedro do Sul vai receber até 150 mil euros, através dos três projectos vencedores dos Prémios ICNF 2017 – Um Ideia Natural, entregues ontem numa cerimónia no Ministério do Ambiente.

 

Os prémios – uma parceria entre o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Fundo Ambiental – receberam 84 candidaturas. Destas foram escolhidas três vencedoras e quatro pensões honrosas.

As candidaturas a financiar são “Recuperação de Valores Naturais – Habitats e Espécies de Zonas Húmidas Temporárias”, pela Universidade de Évora; “Gestão integrada e promoção da biodiversidade de uma área de montanha na serra do Alvão”, pelos Baldios da Freguesia de Alvadia; e “O caminho da suavidade”, pela Montis – Associação de Conservação da Natureza, que gere terrenos num carvalhal em São Pedro do Sul. Estes projetos serão objeto de financiamento até ao montante máximo de 50 mil euros cada.

Os Prémios atribuíram ainda menções honrosas aos projectos “Redux – Redução das capturas acidentais em aves marinhas nas ZPE Aveiro-Nazaré e Ria de Aveiro”, pela Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem; “Francelho de Mértola”, pela Câmara Municipal de Mértola; “Intervenção em Tanque Barão de Beck”, pela EMAC – Empresa Municipal de Ambiente de Cascais, E.M., SA; e “Implementação de um Sistema de Monitorização de Visitantes e de Comunicação, nas Paisagens Protegidas Locais da Rocha da Pena e da Fonte”, pelo Município de Loulé.

Os Prémios  ICNF 2017 – Um Ideia Natural têm como objectivo “contribuir para a inserção de vários atores sociais na prática da conservação e gestão do património natural no território continental português”. O financiamento pretende apoiar “projetos que incidam na conservação de valores e recursos naturais, na promoção ou manutenção da biodiversidade existente numa dada área, no restauro de habitats ou na valorização do território com base nos recursos naturais autóctones”.

Os projectos têm de ser concretizados em áreas protegidas e/ou áreas da Rede Natura 2000 de Portugal continental.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.