britango frente a um buraco numa arriba
Abutre-do-Egipto nas arribas do Douro. Foto: LIFE Rupis

Primeiro festival de natureza em Miranda do Douro teve 850 visitantes

A primeira edição do ObservArribas – Festival Ibérico de Natureza das Arribas do Douro, que começou na última sexta-feira e terminou no domingo, contou com mais de 850 participantes, indicou a equipa do projecto Life Rupis, um dos promotores da iniciativa.

 

Além da equipa do projecto Life Rupis, coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), na organização do ObservArribas esteve também a Câmara Municipal de Miranda do Douro, com o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.

Nas actividades organizadas por 25 entidades diferentes, que incluíram vários passeios para observação de aves da região, canoagem e cruzeiros no rio Douro e uma sessão de anilhagem, participaram mais de 250 observadores de aves, indicou a organização.

A estas actividades juntaram-se vários ciclos de conversas realizados no auditório municipal, diversos workshops, incluindo um sobre reabilitação de aves, e ainda a apresentação de uma das duas equipas cinotécnicas da GNR que detectam venenos, no âmbito do projecto Life Rupis – incluindo Benny, um pastor-alemão.

Já o pavilhão multiusos contou com 35 expositores e um ‘Espaço Criança’, que nas contas dos organizadores foi visitado por mais de 250 crianças, “que agora já reconhecem o britango sem dificuldades”.

Joaquim Teodósio, coordenador do Life Rupis, afirma que este festival mostrou como “uma conservação sustentável das espécies selvagens tem de ser integrada com o desenvolvimento local”. “Seja para o turismo, a cultura ou a agricultura, a natureza em bom estado é essencial.”

Para a próxima edição do ObservArribas, que vai agora ser decidida, a organização tem como um dos objectivos aumentar o número de visitantes. Para isso, uma das alterações deverá ser a data da iniciativa, de forma a suceder num fim-de-semana sem outras actividades paralelas, afirmou à Wilder o director-executivo da SPEA, Domingos Leitão.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.