Raposa, mocho, cegonha e milhafre resgatados pela GNR

Nos últimos dias, os militares da GNR resgataram em várias regiões do país uma raposa, um mocho-galego, uma cegonha-branca e um milhafre-preto, levando-os para hospitais e centros de recuperação de animais selvagens.

 

No dia 19 de Junho, uma raposa (Vulpes vulpes) foi recuperada em Arneirós, no concelho de Lamego, por militares do Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego e do Posto Territorial de Lamego. Segundo um comunicado da GNR, a raposa “apresentava lesões nas patas traseiras, devido a atropelamento”. O animal foi transportado para o Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (HVUTAD), para recuperação.

Ainda no mesmo dia foi encontrado um milhafre-preto (Milvus migrans), desta vez em Aveiras de Cima, em Alenquer. Os militares do Núcleo de Proteção Ambiental de Alenquer foram chamados depois de o milhafre ter sido encontrado por populares na berma da Autoestrada n.º1, junto daquela localidade. A ave estava “debilitada e com muitas dificuldades a nível de voo, não conseguindo por isso voar.”

Depois de tratada e alimentada, a ave foi entregue ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Lisboa (LxCRAS), no Parque Florestal de Monsanto, para avaliação, recuperação e posterior devolução ao seu habitat natural.

A 20 de Junho, em Alpiarça, uma cegonha-branca (Ciconia ciconia) caiu do ninho no topo da Igreja Matriz. Os militares do Posto Territorial de Alpiarça prestaram os primeiros socorros, com a ajuda de uma médica veterinária. Depois, a ave foi levada para o centro de recuperação do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros.

Dias antes, a 9 de Junho, um mocho-galego (Athene noctua) juvenil foi encontrado sozinho por um cidadão em Rio de Moinhos, em Borba (Estremoz). A ave tinha “um aparente aspecto saudável” mas não havia “sinais dos seus progenitores nas imediações do local onde foi encontrada”.

Os militares do Núcleo de Proteção Ambiental de Estremoz recuperaram o mocho que foi tratado, alimentado e entregue ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de Portalegre “para avaliação, acompanhamento e posterior devolução ao seu habitat natural”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.