Seis espeleólogos portugueses embarcam em expedição ao Timor subterrâneo

Seis espeleólogos portugueses começaram nesta semana uma expedição de um mês em Timor, para descobrir a fauna, geologia, reservas de água subterrâneas e até vestígios arqueológicos e paleontológicos das grutas e cavidades daquele país.

 

A expedição “Timor Subterrâneo”, de 4 de Setembro a 2 de Outubro, quer fazer o “levantamento do potencial espeleológico de Timor-Leste” e inventariar e cadastrar as cavidades e nascentes cársicas, explica o Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro, em comunicado. Para isso, vão explorar as inúmeras grutas e cavidades dos distritos de Baucau, Lautém e Viqueque.

Além deste núcleo, participam elementos do Centro de Estudos e Actividades Especiais da Liga para a Proteção da Natureza, do Centro de Investigação e Exploração Subterrânea e do Grupo Protecção Sicó.

Durante esta expedição, a primeira de um projecto maior, serão recolhidos dados sobre a topografia, geologia, biologia e eventuais vestígios arqueológicos e paleontológicos das cavidades estudadas. A informação será partilhada com os parceiros locais, segundo o site da expedição.

A equipa – Manuel Freire, Pedro Silva Pinto, Manuel Soares, Sérgio Medeiros, Sofia Reboleira e André Reis – pretende ainda inventariar as nascentes cársicas e de reservas de água subterrâneas e sensibilizar as populações locais para protegerem o seu património espeleológico e a utilizarem-no de forma sustentável.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Descubra aqui mais sobre o trabalho de Sofia Reboleira nas grutas portuguesas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.