Foto: Helena Geraldes/Wilder

Sete números a saber sobre os incêndios de 2017 até agora

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) acaba de publicar o sexto relatório provisório de incêndios florestais, sobre o que aconteceu desde 1 de Janeiro a 31 de Agosto. Aqui ficam sete números importantes.

 

213.986: o número de hectares ardidos. Este valor é, até 31 de Agosto, o mais elevado dos últimos 10 anos, com mais 234% do que a média anual para o mesmo período (64.143 hectares).

 

12.377: o número de ocorrências registado em todo o país, que é equivalente à média dos últimos 10 anos. A maioria (9.725) destruiu menos de um hectare (são os chamados fogachos).

 

37.234: o número de hectares ardidos no distrito de Castelo Branco. Este é o distrito com mais área ardida, com 17% da área total ardida até à data em Portugal Continental. É seguido de Santarém, com 35.937 hectares, e de Coimbra, com 25.593 hectares.

 

81.313: o número de hectares ardidos durante Agosto, o que faz deste o mês com a maior área ardida no país (38%) até à data. A média dos últimos 10 anos para Agosto é de 42.232 hectares.

 

123: o número de grandes incêndios, ou seja, aqueles em que a área total afectada foi igual ou superior a 100 hectares. Até 31 de Agosto, estes grandes incêndios queimaram 193.111 hectares (90% do total da área queimada).

 

20.781: o número de hectares queimados na Rede Nacional de Áreas Protegidas. O Parque Natural do Douro Internacional é a área protegida com mais área ardida, registando 6.685 hectares queimados (7,7% da área total do parque).

 

2.131: o número de hectares queimados no perímetro florestal da Serra da Estrela, mais propriamente o Núcleo de Cortes do Meio. A única mata nacional afectada pelo fogo foi a Mata Nacional da Covilhã, com 142 hectares (35,8% da mata).

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Conheça dois projectos que estão no terreno para ajudar as florestas de Portugal: o projecto Floresta Comum e o Uma Árvore pela Floresta.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.