Abriu novo Centro do Lobo-Ibérico de Castela-Leão

Cinco fêmeas e dois machos inauguraram nesta segunda-feira o novo Centro do Lobo-Ibérico de Castela-Leão em Robledo, em plena Serra de Culebra na província espanhola de Zamora, que vai receber animais que já não podem viver em liberdade e ajudar a divulgar esta espécie ao público em geral.

 

A maioria dos lobos nasceu em cativeiro e foi cedida por parques de natureza; outros foram resgatados e recuperados. No entanto já não estão aptos para viver em liberdade, noticia hoje a agência espanhola EuropaPress.

Os lobos deste centro na região de Castela-Leão estão organizados em duas alcateias que os responsáveis pretendem estudar para compreender mais sobre a espécie (Canis lupus signatus). Este centro é também para o público em geral se aproximar do mundo dos lobos e saber mais sobre a sua biologia e ecologia, conservação e etnografia ligada a eles.

O centro – inaugurado hoje pelo conselheiro do Fomento e Ambiente, Juan Carlos Suárez-Quiñones – tem recintos vedados (de três hectares cada um) – onde os lobos podem viver em regime de semi-liberdade, com acesso a zonas de refúgio, charcas e vegetação natural -, um centro de interpretação, três observatórios, percursos pedestres marcados, infra-estruturas de maneio e controlo veterinário e um sistema de videovigilância para garantir o bem-estar dos animais.

Em Portugal existe desde 1987 o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI), criado com o objectivo de providenciar um ambiente, em cativeiro, adequado para lobos que não possam viver em liberdade. Pode ler mais sobre ele aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.