Agentes da GNR apreendem 84 aves selvagens presas em gaiola ilegal no Algarve

Agentes do Sepna-Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, de Portimão, apreenderam 84 passeriformes de 24 espécies da fauna selvagem portuguesa, que estavam ilegalmente presos numa gaiola, num quintal privado.

Depois desta apreensão, realizada no dia 27 de Novembro, as aves foram encaminhadas para o RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens da Ria Formosa, na Quinta do Marim em Olhão, para que o seu estado de saúde fosse avaliado e para que regressassem à natureza.

Assim, no dia 28 de Novembro, sábado, mais de 70 passeriformes foram devolvidos à natureza pelo RIAS, anunciaram agora os responsáveis do centro.

Em causa estão aves selvagens das seguintes espécies: chapim-rabilongo, calhandrinha-comum, pintarroxo, pintassilgo, lugre, verdilhão, bico-grossudo, chapim-real, chapim-azul, trigueirão, escrevedeira-dos-caniços, tentilhão-comum, tentilhão-montês, cotovia-de-poupa, cotovia-montesina, alvéola-branca, alvéola-amarela, ferreirinha-comum, chamariz, trepadeira-azul, toutinegra-de-barrete-preto, toutinegra-de-cabeça-preta, toutinegra-das-figueiras e tordo.

Em Portugal, está proibido o abate e captura de todas as espécies de aves que ocorram naturalmente no território nacional – com excepção de actos de caça permitida legalmente – bem como a utilização de meios de captura de aves selvagens, como redes, laços e outros.

Actualmente, com o objectivo de sensibilizar e alertar a população portuguesa para a captura e venda ilegal de passeriformes, está em curso a campanha “Diga não aos passarinhos na gaiola e no prato”, coordenada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.