Crianças do 1º Ciclo do Porto desafiadas a fazer documentários de natureza

As crianças do 1º Ciclo das escolas da região do Porto têm até 30 de Outubro para mostrar a biodiversidade onde vivem em curtos documentários de natureza, numa iniciativa do FAPAS e da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.

 

O projecto “Realizar-se na Escola” pretende que cada turma faça um documentário de cinco minutos de duração sobre o tema “A biodiversidade que não conhecemos…mas que queremos preservar”, segundo um comunicado do FAPAS – Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens, enviado à Wilder.

Os alunos deverão planificar e realizar saídas de campo, acompanhados por biólogos, escrever o guião do documentário, realizar as filmagens e editar o filme, acompanhados por técnicos de audiovisuais. Ao longo do projecto, os alunos serão acompanhados por um monitor que colaborará com o docente da turma na planificação das actividades. O documentário será depois exibido em diversos espaços públicos da cidade do Porto e disponibilizado on-line.

A ideia por detrás deste projecto é “aproximar os alunos do património natural que os envolve”, fomentando o gosto pela natureza e a cidadania activa, explica o FAPAS. Além disso, a iniciativa poderá ajudar a “divulgar espécies pouco conhecidas dos cidadãos”.

O projecto conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto e do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.