Descoberta nova espécie de cervo gigante que viveu há 780.000 anos

Uma equipa de investigadores espanhóis descobriu uma nova espécie de cervo, o Megaloceros novocarhaginiensis, que viveu há 780.000 anos na Península Ibérica, graças ao estudo de fósseis encontrados em Múrcia.

 

Este cervo, parecido aos veados actuais, media quase dois metros de altura, segundo um comunicado do Museu Nacional de Ciências Naturais de Espanha, onde trabalha Jan van der Made, o investigador que deu o nome à espécie.

Made estudou 153 fósseis, encontrados na jazida de Victoria, em Cartagena, Múrcia.

“Depois de comparar os fósseis – que incluem as hastes, os dentes e ossos das extremidades – comprovei que não coincidiam com nenhuma das espécies conhecidas até agora”, comentou o investigador. “Esta descoberta ajuda-nos a completar a história evolutiva da família dos cervídeos.”

Os resultados do seu trabalho foram publicados num artigo da revista Mastia, do Museu Arqueológico Municipal de Cartagena.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.