Espécies ameaçadas projectadas no Empire State Building

Leopardos, tigres, lobos e outras 157 espécies ameaçadas foram projectadas no sábado na fachada do edifício do famoso Empire State Building, em Nova Iorque, para chamar a atenção sobre a extinção das espécies.

 

Entre as fotografias projectadas estava uma imagem com mais de cem metros do leão Cecil, abatido no mês passado no Zimbabwe.

Multidões reuniram-se na base do famoso edifício, com mais de 380 metros de altura, para admirar o evento “Projecting Change”, organizado em sessões de oito minutos, repetidas de 15 em 15 minutos, das 21h00 às 24h00 locais.

Esta iniciativa faz parte da promoção de um novo documentário do canal Discovery, “Racing Extinction”, a ser exibido em Dezembro. A ideia dos organizadores foi transformar o edifício numa “arca de Noé” virtual, com a ajuda de 40 projectores, explicam em comunicado. Tudo para chamar a atenção para a deterioração rápida da flora e fauna do planeta.

Os autores do evento, o realizador Louie Psihoyos – responsável pelo documentário vencedor de um Óscar “The Cove”, em 2010 – e o designer Travis Threlkel, quiseram “criar algo lindo”. “Estamos a utilizar ícones para ajudar as pessoas a falar sobre o que está a acontecer com a vida selvagem no planeta, de forma viral”, disse Threlkel ao jornal New York Times. “Não se consegue acender uma vela maior do que o Empire State Building”, acrescentou Psihoyos.

“O conceito de integrar a arte num tecido urbano e fazer uma tomada de posição social é maravilhoso”, comentou Anthony E. Malkin, director-executivo do Empire State Realty Trust, que gere o edifício, ao jornal.

Pode ver o evento aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.