Esta é a Semana nacional das caixas-ninho no Reino Unido

Apesar de ainda ser Inverno, os ornitólogos ingleses começam já a receber os primeiros registos de aves a fazer ninhos no Reino Unido.

Ao longo dos últimos 75 anos, grupos de voluntários têm monitorizado os ninhos de várias espécies e, graças a isso, sabe-se hoje que a época de nidificação naquele país está a acontecer cada vez mais cedo. “Muitas espécies estão a pôr ovos até 30 dias mais cedo em relação ao que acontecia em meados dos anos 60”, diz a organização em comunicado.

Além da colocação das caixas-ninho, os cidadãos são desafiados a submeter na Internet informações sobre as tentativas de nidificação. “Quem instalar um ninho durante esta semana pode registar se este está a ser ocupado, quantos ovos põem as aves e quantas crias sobrevivem”, explica Hazel Evans, responsável pela 18ª Semana Nacional das Caixas-Ninho.

Outra organização, a Royal Society for the Protection of Birds (RSPB) também encoraja os cidadãos a colocarem caixas-ninhos e lembra que os ninhos naturais de aves  – nomeadamente em buracos em árvores e edifícios em ruínas – estão a desaparecer. Os jardins estão cada vez mais “arrumadinhos” e as casas antigas são reparadas. “Os nossos amigos com penas precisam de toda a ajuda possível”, diz em comunicado.

Na semana de 23 de Março, a RSPB irá divulgar os resultados do censo Big Garden Birdwatch.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.