Fêmea de lince-ibérico morre atropelada em Espanha

Nesta quarta-feira, uma fêmea de lince-ibérico foi encontrada morta por atropelamento numa estrada de Castela-La Mancha.

 

O animal, encontrado por agentes da natureza da Consejería de Agricultura e Desenvolvimento Rural no município de Munera, daquela região, tinha um ano de idade e estava radiomarcada.

Segundo um comunicado do programa Iberlince, a fêmea “Lúa” tinha vindo da zona de reintrodução da Serra Morena Oriental, em Ciudad Real, onde tinha sido posta em liberdade em Abril passado.

Castela-La Mancha é uma das quatro regiões na Península Ibérica que é palco de reintroduções de lince (Lynx pardinus) para tentar restabelecer novas populações, juntamente com a Andaluzia, Extremadura (em Espanha) e o Vale do Guadiana (em Portugal). Além destes locais, há hoje duas populações estáveis em Espanha, mais concretamente Doñana-Aljarafe e Cardena-Andújar.

Lúa é o sexto lince-ibérico encontrado morto de entre os linces libertados na Serra Morena Oriental em Ciudad Real. A organização Ecologistas em Acção, citada pelo jornal espanhol El Diario, acusa Castela-La Mancha de ter uma rede viária com várias zonas de risco para os animais.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.