Homem ligado à morte do leão Cecil detido no Zimbabwe

A polícia do Zimbabwe deteve ontem o caçador local que terá organizado a caçada que levou à morte do leão Cecil, em Julho, na sequência de novas acusações de transporte de 29 antílopes sem licença e como cúmplice no tráfico de animais.

 

Theo Bronkhorst já ia a tribunal a 28 de Setembro para responder às acusações de quebra das regras de caça ao ajudar o dentista norte-americano a matar Cecil, um leão de 13 anos, fora do parque de vida selvagem Hwange. Agora foi envolvido num outro crime, sendo acusado de envolvimento no tráfico de 29 antílopes para a África do Sul.

A porta-voz da polícia, Charity Charamba, disse à agência Reuters que Bronkhorst foi detido na cidade de Bulawayo e que vai ser presente em tribunal amanhã na cidade de Beitbridge, onde o crime foi cometido.

No sábado, três sul-africanos foram acusados de terem capturado ilegalmente os antílopes e de terem tentado exportá-los sem terem uma licença. Os homens retiraram os animais de uma reserva de caça privada perto da cidade de Victoria Falls a 11 de Setembro. O crime foi descoberto quando os camiões que transportavam os animais ficaram atolados no rio Limpopo, segundo a emissora estatal Zimbabwe Broadcasting Corporation.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.