Inaugurado Observatório da Biodiversidade em Vila Real

Foi inaugurado esta manhã o Observatório da Biodiversidade de Vila Real, na Quintã, no Vale da Campeã, anunciou o município. A nova estrutura, que tem um abrigo fotográfico e dois para observação de aves, é o ponto de partida para a descoberta das plantas, borboletas, anfíbios, aves e libélulas da região.

 

Este observatório foi criado num local que já foi utilizado na exploração do minério. O espaço, pertencente à Assembleia de Compartes da Comissão de Baldios da Quintã, terá agora uma nova utilização, dedicada à valorização da biodiversidade local.

A Câmara Municipal de Vila Real destaca como um dos ex-libris da zona a Lagoa da Sardoeira, “que alberga um conjunto significativo de espécies de anfíbios, lepidópteros (borboletas) e odonatas (libélulas), para além de receber a visita de cerca de 42 espécies de aves, algumas delas migratórias e raras no território”.

O Observatório inclui um abrigo fotográfico junto à lagoa, com uma área útil que permite a utilização do espaço por 4 fotógrafos, e dois abrigos de observação de aves, localizados em pontos estratégicos para uma observação e captação de imagens.

No terreno contíguo, com cerca de oito hectares, é possível identificar uma série de espécies da flora local, como a orvalhinha (Drosera rotundifolia), uma das espécies de plantas carnívoras de Portugal, e orquídeas selvagens.

Este projecto tem como parceira a Universidade de Trás-os-Montes, que tem estudado a zona do ponto de vista da biodiversidade. A obra de recuperação custou cerca de 112 mil euros e foi objeto de financiamento do Programa Operacional Regional do Norte (ON 2).

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.