Libertado quebra-ossos nos Picos de Europa

Quebrantina foi libertada a 1 de Agosto no Parque Nacional Picos de Europa, no âmbito de um dos dois projectos de reintrodução da espécie a decorrer em Espanha.

 

Este quebra-ossos (Gypaetus barbatus), cujo nome foi dado pelos alunos de um colégio de Cangas de Onís, pesa seis quilos e tem uma envergadura de asa de 2,8 metros. Em Junho chegou às Astúrias, vinda de Aragão, juntamente com outra quebra-ossos, Esperanza.

Depois de um mês nas instalações de aclimatação no Parque Nacional Picos de Europa, a 1 de Agosto Quebrantina começou a sua vida em liberdade, avançou a Fundação para a Conservação do Quebra-ossos (FCQ), em comunicado.

Esperanza, mais nova, ainda vai ficar mais uns dias nas instalações até que acabe o desenvolvimento completo da plumagem das asas.

Esta libertação faz parte do projecto LIFE+ “Red Quebrantahuesos” (2013-2018), cujo objectivo é a reintrodução do quebra-ossos nos Picos de Europa, para assegurar a sobrevivência da espécie que se extinguiu na região há mais de meio século.

O projecto prevê a libertação de entre três a seis quebra-ossos por ano. Assim, os responsáveis esperam criar nos Picos de Europa o segundo núcleo populacional de quebra-ossos em Espanha, depois do que existe nos Pirinéus.

Ao mesmo tempo, também está a decorrer um projecto de reintrodução de quebra-ossos na Andaluzia. O objectivo é conseguir uma população autónoma e estável da espécie na região, mediante a libertação de jovens aves. Em Abril nasceu o primeiro quebra-ossos em liberdade na Andaluzia, depois de várias décadas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.