Mais de 20 cidadãos juntaram-se para limpar praia no Porto

No domingo de manhã, 22 voluntários recolheram 180 quilos de lixo na Praia Internacional do Porto. Esta acção insere-se num projecto de conservação da vida marinha.

 

No espaço de uma manhã, 22 pessoas recolheram 20 sacos de lixo na Praia Internacional do Porto, numa iniciativa do Sea Life Porto, da Surfrider Foundation e da Escola de Surf Flower Power Surf School.

No areal foram encontrados mais de 700 paus de chupa-chupa, 600 pontas de cigarro, 15 maços de tabaco, mais 100 garrafas e tampas, 10 copos e pratos de plástico, sete embalagens de comida e 32 sacos de plástico, segundo um comunicado do Sea Life Porto. Foram também encontrados objectos de uso pessoal e material de pesca, como boias, cordas e restos de redes.

“No final do Verão comprova-se que o maior inimigo do ambiente e a maior ameaça para as espécies animais é, sem dúvida, o ser humano”, diz Ana Ferreira, bióloga do Sea Life Porto, entidade que tem a decorrer campanhas de conservação dos oceanos e da vida marinha, pesquisa científica e educação ambiental. “Os principais objectivos são um mar livre de plásticos, uma pesca sustentável e a existência de áreas marinhas protegidas eficazes, que permitam o fim da sobre-exploração da vida marinha”, acrescentam os organizadores da limpeza da praia.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.