Nove cágados devolvidos à natureza depois de recuperação no Algarve

Nove cágados-mediterrânicos e cágados-de-carapaça-estriada, espécies endémicas de Portugal, serão devolvidos à natureza a 5 de Outubro depois de semanas em recuperação no Porto d’Abrigo do Zoomarine, no Algarve.

 

Os animais serão libertados em São Lourenço (Quinta do Lago, a partir das 12h00) e na Mata Nacional da Herdade da Parra (em São Marcos da Serra, concelho de Silves, a partir das 14h00), em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Durante semanas, estes nove cágados receberam cuidados, alimentação, medicação e protecção no centro de reabilitação de espécimes aquáticos do Zoomarine, na Guia, em Albufeira, informou hoje esta instituição.

Os cágados-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis) e os cágados-mediterrânicos (Mauremys leprosa) são as duas únicas espécies de cágados autóctones de Portugal. O cágado-de-carapaça-estriada está Em Perigo de Extinção por causa da perda do habitat, da concorrência de espécies exóticas, da poluição e captura para fins comerciais; o cágado-mediterrânico não está ameaçado mas a perda de habitat é um problema que poderá levar a um declínio populacional.

Saiba mais aqui sobre estes animais e sobre o que se está a fazer para os conservar no Paul da Tornada.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.