Quercus devolve aves à natureza nas Lagoas de Santo André e da Sancha

Quatro cegonhas-brancas, um peneireiro-cinzento e uma coruja-do-mato são apenas algumas das aves que a Quercus vai devolver à natureza, neste sábado, na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha.

 

Entre as aves a libertar está um falcão tagarote, uma espécie com estatuto de conservação Vulnerável, “com registo de menos de 1.000 indivíduos em Portugal”, lembra a Quercus, em comunicado.

Antes de serem devolvidas à natureza, as aves “serão marcadas com anilhas metálicas e efectuado o seu registo biométrico, que permitirá a sua posterior identificação em caso de recaptura”, acrescenta a organização.

As libertações começam às 11h00 e quem quiser pode assistir. O ponto de encontro é o Centro de Recuperação de Animais Selvagens Santo André.

Este ano, o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André, gerido pela Quercus, já recebeu e recuperou mais de 100 aves.

A Reserva Natural, nos municípios de Sines e de Santiago do Cacém, tem mais de 5.000 hectares e foi criada a 22 de Agosto de 2000.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.