Tenista Andy Murray vai usar símbolo do panda no US Open

O tenista britânico Andy Murray, embaixador da organização WWF desde 2014, vai usar o símbolo icónico do panda nos jogos da 135ª edição do US Open, de 31 de Agosto a 13 de Setembro, para chamar a atenção para o tráfico de animais selvagens.

 

“É fantástico poder ajudar a sensibilizar as pessoas a nível global para o trabalho da WWF, que protege algumas das espécies mais icónicas e ameaçadas do nosso planeta”, disse o tenista em comunicado.

Andy Murray, cujo equipamento em tons de cinzento vai ter o símbolo do panda numa das mangas, tornou-se embaixador da WWF em Novembro de 2014.

Desde então tem dado a cara pela campanha contra o tráfico de animais selvagens. Uma das iniciativas apoiadas pelo tenista é o uso e treino de cães para descobrir redes de caça furtiva dentro e fora do Parque Nacional Chitwan, no Nepal. Nessa região vivem tigres, rinocerontes e elefantes, animais alvo do tráfico de espécies. Segundo a WWF, este país é uma passagem para os produtos ilegais com destino à China e Vietname.

“Acho que é incrivelmente importante que este comércio ilegal seja travado”, acrescentou o tenista.

A WWF diz que já se passou um ano sem mortes de rinocerontes. E nos últimos quatro anos, a população destes animais registou um aumento de 21% na região nepalesa de Terai Arc. Para os tigres, o último caso de caça furtiva no Nepal é de Maio de 2011.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.