WWF segue milhafres-reais em Madrid para estudar impacto do veneno nas aves

A organização WWF começou a seguir dois milhafres-reais (Milvus milvus), por GPS, na região de Madrid para melhorar o conhecimento sobre a espécie e quais os impactos do veneno nas aves.

 

Esta acção faz parte do projecto “Milhafres sem veneno”, a ser desenvolvida pela WWF, com o apoio da Fundação Montemadrid.

Foram colocados emissores GPS em dois milhafres-reais adultos na região de Madrid, nomeadamente uma fêmea na zona de Villaviciosa de Odón e um macho na zona de Arroyomolinos.

A WWF salienta, em comunicado, a “urgência em actuar contra o veneno, já que o milhafre-real sofreu em Espanha um decréscimo de 50% no número de indivíduos nos últimos dez anos”. Em Madrid estima-se que existam entre 60 a 70 casais. O veneno é uma das principais ameaças à espécie.

Segundo o portal Aves de Portugal, como nidificante, o milhafre-real encontra-se em declínio acentuado e tornou-se bastante raro no país, sendo hoje uma ave extremamente ameaçada.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.