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Que espécie é esta: uma aranha que faz emboscadas em flores

O leitor Michael Sousa, que se confessa “naturalista apaixonado por artrópodes desde pequenino”, perguntou à Wilder qual a espécie de aranha que descobriu neste Verão no Ludo (Algarve). Saiba qual é.

 

Foto: Michael Sousa

 

A espécie que observou é uma Aranha-caranguejo-de-Napoleão (Synema globosum).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta aranha não faz teia. Tal como todas as aranhas da sua família (Thomisidae), vive em cima das flores e tem uma estratégia diferente para capturar as suas presas. É posicionada nas flores que faz emboscadas aos insetos que as visitam para se alimentarem.

O nome comum desta família – aranha-caranguejo – deve-se à semelhança das suas espécies com caranguejos, pois têm os primeiros dois pares de patas, adaptados à caça, mais desenvolvidos que os posteriores.

Já a espécie deve o seu nome comum ao desenho que as fêmeas têm no abdómen, que lembra a silhueta de Napoleão com o seu chapéu, com um contorno que pode ser laranja (como na imagem), amarelo ou branco. Os machos são mais pequenos e têm o abdómen todo negro.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.