/

Que espécie é esta: lagarta da borboleta-caveira

O leitor José Mendonça fotografou este insecto a 25 de Setembro de 2017 no campo de golfe da Aroeira 1 e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.

 

A observação deste espécime suscitou a curiosidade de José Mendonça quanto à sua identificação. Tinha um comprimento estimado de 12 centímetros.

 

 

A espécie que observou é uma lagarta da Borboleta caveira ou Esfinge caveira (Acherontia atropos).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A espécie que José Mendonça encontrou é uma das nossas maiores borboletas e um dos maiores na classe insecta nas nossas latitudes.

 

Acherontia atropos. Foto: Cowli33/Wiki Commons

 

Esta espécie pertence a uma família de Lepidoptera (ordem de insectos que inclui as borboletas diurnas e as chamadas nocturnas) chamada Sphingidae. Estes insectos também são conhecidos por borboletas colibri devido ao tamanho e ao facto de, grande parte das vezes, se alimentarem em voo, sem pousar nas flores.

A lagarta alimenta-se de plantas da família do tomate e da batata (Solenaceas) e de outras famílias aparentadas.

Os adultos são atraídos pelo mel, sendo por vezes encontrados dentro de colmeias.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.