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Que espécie é esta: rabirruivo-preto

O leitor Augusto Gomes fotografou esta pequena ave a 5 de Abril em Sistelo, Arcos de Valdevez, e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

 

A espécie que observou é um rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A ave observada pelo leitor é um macho e pertence a uma espécie comum em Portugal. O rabirruivo-preto mede cerca de 13 centímetros; os machos têm o dorso escuro, uma mancha branca na asa e a cauda ruiva. As fêmeas são mais acastanhadas.

 

 

Nesta altura do ano podemos ver rabirruivos, com o sua característico “tique nervoso” de cauda, mas também ouvi-los nos seus cantos nupciais de Primavera. Segundo o livro “Aves de Portugal”, os primeiros juvenis começam a aparecer desde meados de Abril, saindo do ninho quando têm entre 12 e 19 dias de vida.

Esta espécie costuma pôr 4 a 6 ovos e um casal pode criar duas ou três ninhadas numa época reprodutora, acrescenta o mesmo livro.

Como nidificante a espécie distribui-se sobretudo para Norte do Tejo, sendo mais escasso e localizado no Sul do país.

Além dos rabirruivos residentes, Portugal recebe os rabirruivos migradores invernantes, que chegam da Europa Central e Ocidental para aqui passar os meses mais frios. Mas nesta época do ano estes já terão regressado às suas casas.

Pode saber mais sobre esta espécie, incluindo onde a procurar, no portal Aves de Portugal.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.