folhas e frutos do arbusto Pitósporo-do-Japão
Pitósporo-da-China (Pittosporum tobira). Foto: Wikimedia Commons

Que espécie é esta: um pitósporo-da-China

O leitor José Silva ficou curioso sobre um arbusto que fotografou no Europarque, em Santa Maria da Feira, no início de Dezembro. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra dá-lhe a identificação.

 

Foto: José Silva

 

Tudo indica que esta planta que estava a dar fruto, quando foi fotografada por José Silva, no Europarque, é da espécie Pittosporum tobira, com origem no sul do Japão, sul da Coreia e norte de Taiwan.

Espécie identificada por: Consultório do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Em Portugal, esta planta é conhecida pelos nomes comuns de pitósporo-da-China ou pitósporo-do-Japão, faia-da-Holanda, ou simplesmente pitósporo.

Trata-se de um arbusto ou pequena árvore que pode chegar aos dois a seis metros de altura, muito usado para formar sebes em jardins e um dos mais cultivados na Península Ibérica, como espécie ornamental. O cheiro das flores faz lembrar as flores-de-laranjeira.

Além do Europarque pode ser encontrado em grande número, por exemplo, no Parque de Serralves, na cidade do Porto.

O nome Pittosporum deriva do termo grego pítta, que significa resina, e de sporá, que em botânica tem o significado de semente ou esporo. Está relacionado com o facto de as sementes deste género de plantas serem normalmente viscosas.

 

um arbusto de pitósporo-da-China
Foto: Victor M. Vicente Selvas/Wiki Commons

 

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Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu.Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.