/

Que espécie é esta: vespa-asiática

O leitor José Lopes fotografou esta vespa a 1 de Dezembro em Bom Velho de Cima, em Condeixa, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.

 

 

 

A espécie que observou é uma vespa-asiática (Vespa velutina).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma espécie exótica (não-indígena) de carácter invasor. Apareceu no Alto-Minho na primeira década deste século (XXI) e recentemente chegou a essa área (distrito de Coimbra).

É um grande predador de outros insectos com impacto negativo nas comunidades de polinizadores nativos, inclusive nas populações da Abelha do mel (Apis mellifera) onde a predação pode levar a grandes prejuízos económicos.

É um insecto social. Na Primavera e Verão, os ninhos de pasta de papel podem conter centenas de indivíduos. As rainhas sobrevivem ao Inverno num ninho primário, pequeno e mais perto do solo.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

[divider type=”thick”]Se viu alguma vespa-asiática pode inserir a sua observação na plataforma SOS Vespa que está a mapear a distribuição desta espécie exótica invasora em Portugal.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.