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Que espécie é esta: Uma ave desconhecida em Cabanas, no Algarve

O leitor Paulo Fernandez encontrou esta ave a 4 de Outubro em Cabanas (Algarve) e pediu ajuda para identificar esta espécie. Saiba qual é.

 

Esta ave é uma rolinha-diamante (Geopelia cuneata), espécie exótica nativa da Austrália, criada em cativeiro em Portugal.

Espécie identificada por: José Frade, um dos administradores do grupo do Facebook Aves de Portugal Continental.

 

 

Mede entre 19 e 24 centímetros e pesa entre 28 e 43 gramas. Alimenta-se principalmente de sementes e pode percorrer grandes distâncias à procura de água ou alimento.

Segundo a União Internacional de Conservação da Natureza (UICN), esta é uma espécie comum com uma grande distribuição. A tendência populacional a nível mundial é estável e por isso a espécie tem um estatuto de conservação de Pouco Preocupante.

Em Portugal, esta é uma ave exótica. “É uma espécie que tem vindo a ser observada com alguma frequência em liberdade no nosso país”, segundo o biólogo Rafael Matias, que compilou as aves exóticas de Portugal em 2011. Nessa lista, publicada no Anuário Ornitológico 2012 da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea), a ave foi observada em Aveiro, Arouca, Albergaria-da-Serra e Cavada (Serra da Freita).

Actualmente, segundo o portal Aves de Portugal, há pelo menos sete espécies de aves exóticas que passaram a nidificar regularmente no nosso país: mainá-de-crista, bico-de-lacre, bispo-de-coroa-amarela, tecelão-de-cabeça-preta, periquito-de-colar, bengali-vermelho e bico-de-chumbo-de-cabeça-preta.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.