um esquilo vermelho com as quatro patas no chão
Foto: Fabien1309/Wiki Commons

Nove espécies de animais para procurar neste Outono

As temperaturas de Outono parecem ter finalmente chegado, num convite a passeios pelo campo, ou mesmo nos parques verdes das cidades. Curioso sobre o que vai encontrar? A Wilder indica-lhe algumas espécies de animais típicos desta estação, com a ajuda de Inês Teixeira do Rosário, bióloga e uma das autoras do livro Lá Fora.

 

1. Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo):

Foto: Sławek Staszczuk / Wiki Commons

 

Esta ave aquática é considerada invernante em Portugal. Pode observar-se de Setembro a Abril em grandes grupos, junto de zonas húmidas, em especial ao longo do litoral. Aprenda aqui a distinguir esta ave do corvo-marinho-de-crista, residente no país.

 

2. Veados-vermelhos (Cervus elaphus):

Veado. Foto: Pixabay

 

Este é o maior cervídeo ibérico. Em Portugal, pode encontrar veados-vermelhos em estado selvagem no Parque Natural de Montesinho (Interior Norte), Serra da Lousã (Centro), Tejo Internacional, Parque Natural de São Mamede (Nordeste Alentejano), Serra Algarvia e ainda em diversas herdades situadas no Alentejo. Para saber mais, pode ler aqui.

 

3. Esquilos (Sciurus vulgaris):

um esquilo vermelho com as quatro patas no chão
Esquilo-vermelho. Foto: Fabien1309

 

É no Outono que estes mamíferos armazenam sementes para os meses seguintes, sendo por isso mais fáceis de encontrar – ou pelo menos, os seus vestígios. Em Portugal, são hoje abundantes no Norte e Centro do país e avistam-se até nalguns parques verdes de cidades. Recorde como os encontrar.

 

4. Salamandras-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra):

salamandra de pintas amarelas
Salamandra-de-pintas-amarelas. Foto: Steffen Häuser / Wiki Commons

 

Nos dias de chuva de Outono, ao anoitecer, é mais fácil encontrar uma salamandra-de-pintas-amarelas. Saiba aqui o que andam estes anfíbios a fazer.

 

5. Sapo-comum (Bufo bufo):

um sapo-comum
Sapo-comum. Foto: M. Betley

 

Entre os anuros (anfíbios que não possuem cauda), é a maior espécie de fauna em Portugal, e é mais fácil de encontrar após uma grande chuvada. Está presente de Norte a Sul do país. Incluindo esta, aprenda sobre sete espécies de anfíbios que pode encontrar.

 

6. Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris):

Estorninho-malhado. Foto: Craig Nash / Wikimedia Commons

 

Mais fácil de encontrar entre os meses de Outubro e Fevereiro, em grandes bandos, incluindo nas cidades. Confunde-se facilmente com o estorninho-preto, mas ao contrário deste, tem manchas brancas na plumagem. Saiba mais.

 

7. Papa-moscas-preto (Ficedula hypoleuca):

papa-moscas-preto
Papa-moscas. Foto: Café / Pixabay

 

Com sorte, pode ser que ainda consiga avistar esta pequena ave que passa em Portugal durante as épocas de migração. No Outono, pode observar-se entre Setembro e o início de Novembro, de Norte a Sul do país, incluindo parques de cidades.

 

8. Rola-do-mar (Arenaria interpres):

uma rola do mar
Rola-do-mar. Foto: NOAA Photo Library

 

Comum em zonas de praia no litoral, em especial onde há também rochas, esta ave está presente em Portugal ao longo ao ano, mas é mais fácil de encontrar durante o Outono e Inverno. Veja onde encontrar a rola-do-mar, no portal Aves de Portugal.

 

9. Borboleta-almirante-vermelha (Vanessa atalanta):

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Borboleta almirante-vermelho (Vanessa atalanta). Foto: Kristian Peters / Wiki Commons

 

Com as suas características asas pretas de manchas alaranjadas, esta borboleta é uma das poucas espécies que continuam a voar nos dias de Outono, em especial quando há sol. É uma espécie migradora.

 

[divider type=”thin”] Saiba mais.

Acompanhe a Wilder numa expedição naturalista em Lisboa, com Inês Teixeira do Rosário e Maria Dias, as duas autoras do livro “Lá Fora – Guia para Descobrir a Natureza”, publicado pela Planeta Tangerina.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.