Estuário do Tejo. Foto: Joana Bourgard/Wilder

Investigadores lançam concurso de fotografia sobre as aves e o Estuário do Tejo

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Tem fotografias do Estuário do Tejo? Então este concurso é para si. Pode submeter as suas imagens, gratuitamente, até 31 de Maio. A iniciativa pretende mostrar a beleza e a importância de um dos maiores estuários da Europa.

O concurso “Ao ritmo das marés: a vida do estuário do Tejo” tem cinco categorias onde pode participar: “Paisagens entre-marés”, “Aves limícolas”, “Invertebrados das zonas entre-marés” – como caranguejos, bivalves e minhocas -, “Interacções predador-presa” – nomeadamente entre aves e peixes – e “Presença humana no Estuário do Tejo”.

A iniciativa é aberta a fotógrafos amadores ou profissionais de qualquer nacionalidade.

O período para a submissão de fotografias é de 18 de Abril a 31 de Maio de 2022.

No final do concurso, em Setembro de 2022, será organizada uma exposição composta pelas fotografias vencedoras no espaço EVOA (Espaço de Visitação e Observação de Aves), na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. A mostra ficará aberta durante seis meses.

Estuário do Tejo. Foto: Joana Bourgard/Wilder

A selecção das imagens vencedoras estará a cargo de um júri composto por Madalena Boto, realizadora e da Ocidental Filmes; Alexandre Vaz, editor da revista National Geographic Portugal; Joaquim Pedro, investigador no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar; e por Edna Correia, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do projecto MigraWebs.

Quanto a prémios, as três fotografias vencedoras em cada uma das categorias serão expostas no EVOA; os autores das três fotografias vencedoras em cada categoria receberão uma entrada livre no EVOA durante a exibição da exposição; e os autores da fotografia vencedora do 1º prémio em cada categoria receberão o livro “Estuário do Tejo – onde o rio encontra o mar”, de Maria José Costa (Edições Afrontamento).

Este concurso é uma iniciativa do projecto de investigação “Migrawebs: Migradores como modeladores ecológicos sazonais das comunidades e funções ecossistémicas de áreas costeiras temperadas e tropicais”, coordenado por investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 

O objectivo é avaliar o papel das aves limícolas migradoras, saber mais sobre as suas migrações e estudar as cadeias alimentares das zonas entre-marés, que incluem aves e invertebrados.

“A vida nos estuários é controlada pelo ritmo das marés: duas vezes por dia áreas vastíssimas são alternadamente emersas (na maré-baixa) e submersas (na maré-alta), criando ambientes com condições ecológicas muito distintas”, explicam os organizadores do concurso. “Sobreviver e tirar partido destas variações ambientais extremas é o desafio de todos os habitantes do estuário do Tejo.”


Saiba como participar aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.