“Praia do Abano at Sunset” Foto: Luís Afonso

Julho é o mês de participar no concurso fotográfico Wiki Loves Earth

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Durante o mês de julho, fotógrafos amadores e profissionais são convidados pelo Movimento Wikimedia a concorrer ao Wiki Loves Earth, com as suas fotografias de natureza. O concurso, que começou em 2013, tem este ano uma nova categoria: Oceanos.

De 1 a 31 de Julho pode participar com as suas fotografias de natureza neste concurso internacional de fotografia de espaços naturais protegidos e fauna e flora locais. Desde 2015 que a Wikimedia Portugal se juntou à iniciativa, ao lado das suas congéneres de outros países.

“O objectivo é angariar fotografias de todo o património natural do mundo, sob uma licença livre, de modo a que fiquem acessíveis a todos no Wikimedia Commons e possam ilustrar os respectivos artigos enciclopédicos na Wikipédia”, explicam os organizadores.

Este ano, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o concurso tem como tema o impacto da ação humana no património natural.

Também este ano é criada uma nova categoria especial, “Oceanos”, para fotos de vida e habitats marinhos, em colaboração com o CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental. Esta categoria terá um troféu especial para as melhores fotos alusivas ao tema.

O Wiki Loves Earth é um concurso anual organizado pelo Movimento Wikimedia, de que faz parte a Wikipédia e o Wikimedia Commons, que pretende despertar interesse pelas paisagens naturais e vida selvagem de todo o mundo.

O concurso decorre em duas fases distintas: numa primeira fase são selecionados e premiados os vencedores nacionais; numa segunda fase selecionam-se os vencedores por entre os
melhores de cada país. Em Portugal serão premiados as três melhores fotos, havendo uma menção especial para a melhor foto de uma espécie da flora ou fauna portuguesa.

Pede-se aos concorrentes para respeitarem o habitat natural quando forem tirar as fotos.

A primeira edição do concurso teve lugar em 2013 na Ucrânia e no ano seguinte o concurso tornou-se internacional. Em 2020, o concurso envolveu 34 países.

Na edição de 2021, o prémio de melhor fotografia de paisagem do concurso internacional Wiki Loves Earth foi atribuído à fotografia “Praia do Abano at Sunset” tirada por Luís M. Afonso. 

“Praia do Abano at Sunset” Foto: Luís Afonso

Em Portugal, a primeira edição teve lugar em 2015, com posteriores edições em 2018, 2019, 2020, 2021 e agora em 2022. Desde a primeira edição em Portugal, os participantes contribuíram com cerca de 8.000 fotos.

Na edição nacional de 2021, um total de 106 participantes carregaram 3.321 imagens.

Na edição deste ano, as fotos a concurso devem ser submetidas entre 1 e 31 de julho, seguindo as instruções disponíveis no site do evento. As áreas protegidas abrangidas pelo concurso constam do mapa presente no site, onde é possível descobrir também que áreas ainda não foram fotografadas.

Cada concorrente pode submeter quantas fotografias quiser, desde que respeitem as regras do concurso e do Wikimedia Commons. Todas as imagens devem ser propriedade dos participantes e devem ser licenciadas sob uma licença livre. As fotos podem ter sido tiradas a qualquer momento, tanto no próprio mês de Julho, ou em meses ou anos anteriores.

As imagens serão analisadas por um júri, em Agosto, e os vencedores serão anunciados e contactados pela organização.

As Estufas do Jardim Botânico da Universidade do Porto irão acolher, de 29 de Julho a 15 de Setembro, uma exposição dedicada à riqueza das paisagens protegidas de todo o mundo. Esta exposição resulta de uma parceria entre o CIIMAR e a Wikimedia Portugal e têm o apoio da Fundação Wikimedia, Câmara Municipal de Cascais e Museu de História Nacional da Universidade do Porto. Esta exposição, a decorrer em simultâneo com uma exposição semelhante no paredão de Cascais até ao próximo dia 5 de Julho,  dará a conhecer algumas das melhores fotografias do concurso Wiki Loves Earth, a nível mundial.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.