Mosca-das-corolas (Eupeodes corollae). Foto: Rui Andrade
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Oito moscas-das-flores que pode já ter visto num jardim ou prado ao pé de si

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Rui Andrade, especialista em dípteros, dá-nos a conhecer algumas das espécies mais comuns destas moscas polinizadoras. E quase todas já têm um nome em português.

 

1. Mosca-das-flores-comum (Episyrphus balteatus)

Mosca-das-flores-comum (Episyrphus balteatus). Foto: Rui Andrade

Esta é uma das espécies de moscas-das-flores mais comuns em Portugal. Pode ser vista por todo o país em vários tipos de habitats, incluindo zonas urbanas, em qualquer altura do ano. As larvas são predadoras de afídeos e importantes no controlo das suas populações.

 

2. Mosca-zangão-europeia (Eristalis tenax)

Mosca-zangão-europeia (Eristalis tenax). Foto: Rui Andrade

Outra espécie muito comum que pode ser vista um pouco por todo o lado em qualquer altura do ano, provavelmente a espécie mais facilmente detectável pelas pessoas por ser comum e de grande tamanho. Mimetiza particularmente bem as abelhas-do-mel. As larvas desenvolvem-se em meios aquáticos e semi-aquáticos ricos em matéria orgânica em decomposição.

 

3. Mosca-das-corolas (Eupeodes corollae)

Mosca-das-corolas (Eupeodes corollae). Foto: Rui Andrade

Esta espécie gosta de habitats abertos, como prados, dunas ou zonas agrícolas. Os adultos estão activos todo o ano em todo o país. As larvas são predadoras de afídeos em várias plantas herbáceas, incluindo em culturas agrícolas.

 

4. Mosca-tigre (Eristalinus taeniops)

Mosca-tigre (Eristalinus taeniops). Foto: Rui Andrade

Esta espécie pode ser encontrada em zonas abertas, em florestas e junto a corpos de água (como rios e lagunas costeiras). Os adultos podem ser vistos pelo menos de abril a outubro em todo o país. As larvas são aquáticas, desenvolvendo-se em águas ricas em matéria orgânica em decomposição.

 

5. Melanostoma mellinum

Mosca-das-flores Melanostoma mellinum. Foto: Rui Andrade

Os adultos podem ser observados em habitats abertos como prados, charnecas e zonas agrícolas, entre abril e outubro. As larvas são predadoras de afídeos.

 

6. Mosca-das-flores-alongada (Sphaerophoria scripta)

Mosca-das-flores-alongada (Sphaerophoria scripta). Foto: Rui Andrade

Tem preferência por habitats abertos como prados, charnecas, clareiras de florestas ou jardins e parques urbanos. Pode ser vista em todo o país de abril a novembro. As larvas são predadoras de afídeos em várias herbáceas, incluindo culturas agrícolas.

 

7. Mosca-imita-vespa (Volucella zonaria)

Mosca-imita-vespa (Volucella zonaria). Foto: Rui Andrade

Esta é uma espécie de grandes dimensões que mimetiza o aspecto do vespão-europeu (Vespa crabro). O seu grande tamanho e aspecto vistoso fazem com que seja mais facilmente observada pelas pessoas. Voa de maio a novembro, e pode ser vista tanto em zonas florestais como em áreas mais abertas, aparecendo inclusivamente em jardins e parques urbanos. As larvas vivem no ninho de vespas como detritívoras e predadoras das larvas das vespas.

 

8. Mosca-do-Sol (Helophilus pendulus)

Mosca-do-Sol (Helophilus pendulus). Foto: Rui Andrade

Esta espécie pode ser vista junto a corpos de água, mas também na orla de florestas e jardins suburbanos entre março e novembro. As larvas desenvolvem-se em meios aquáticos e semi-aquáticos.

 


Saiba mais.

Fique a conhecer também melhor o que os cientistas já sabem (e o que não sabem) sobre as moscas-das-flores em Portugal.