Foto: Câmara Municipal de Valença

Onde ir: há três trilhos para descobrir a natureza em Valença

Três trilhos circulares, com um total de 31 quilómetros, foram recentemente requalificados pelo município de Valença para dar a conhecer o melhor que a natureza local tem para oferecer.

Os trilhos pedestres agora requalificados, e considerados emblemáticos daquele concelho do distrito de Viana do Castelo, são os trilhos da Veiga da Mira, da Insua do Crasto e de Mosteiró.

“Tratam-se de 31 quilómetros que foram remarcados, com nova sinalética orientativa, que possibilita a todos quantos o desejarem autonomamente realizar estes percursos”, explica o município em comunicado.

Foto: Câmara Municipal de Valença

Segundo a Câmara Municipal de Valença, “estes percursos pretendem diversificar e reforçar a oferta de turismo de natureza do concelho”.

O Trilho pedestre da Veiga da Mira é uma pequena rota circular com 10,9 Kms freguesias de Cristelo Côvo e São Pedro da Torre. A caminhada faz-se em cerca de quatro horas.

O percurso começa e acaba no Parque de Lazer da Senhora da Cabeça e percorre uma zona próxima do rio Minho rica em avifauna. O ponto central do percurso é o Biótipo da Veiga da Mira uma das mais importantes reservas naturais da bacia do rio Minho. Esta é uma área protegida com 300 hectares na confluência do ribeiro Mira com o rio Minho e é uma das mais importantes reservas de fauna e flora da bacia deste rio, onde ocorrem garças, lontras e várias espécies de aves de rapina e migratórias.

Um pouco maior é o trilho pedestre de Mosteiró, que tem 12 quilómetros e com uma duração previsível de 4h30. O percurso, pelas freguesias de Cerdal e Taião, começa e acaba na Igreja Matriz de Cerdal e segue perto do ribeiro Mira, entre cascatas, velhos moinhos, o Convento de Mosteiró e núcleos rurais castiços.

O percurso mais pequeno destes três é o trilho da Insua do Castro, com 8,2 quilómetros e que se faz em cerca de 2h30. “Entre Friestas e Verdoejo, por velhos caminhos próximos ao rio Minho, este é um percurso por entre recantos naturais singulares de rara beleza, trilhos de guardas fiscais e contrabandistas e património edificado de grande valor”, descreve o município.

A requalificação dos três trilhos foi financiada pelo Norte 2020 através do projeto Greenways.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.