Portugal junta-se ao Dia Internacional do Fascínio das Plantas e organiza mais de 40 actividades botânicas

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Registo de espécies, passeios, exposições, oficinas e visitas guiadas a jardins botânicos e herbários são apenas algumas das formas para celebrar o 6º Dia Internacional do Fascínio das Plantas, a 18 de Maio.

Mais de 15 instituições – desde centros de investigação, jardim botânicos, a câmaras municipais, escolas e museus – participam com a organização de actividades no Dia do Fascínio das Plantas em Portugal. O dia principal é 18 de Maio mas há actividades nos próximos dias.

Portugal é um dos 56 os países que celebram este Dia. A nível mundial foram organizadas mais de 350 actividades, preparadas a pensar em todas as pessoas que gostam de plantas, desde crianças pequenas aos seus avós. O evento é organizado, a nível mundial, pela EPSO (European Plant Science Organisation).

Em Portugal, que é um dos países com mais actividades disponíveis, há iniciativas em cidades como Lisboa, Aveiro, Madeira, Oeiras ou Miranda do Corvo. “Há saídas de campo e visitas guiadas a diferentes espaços, como jardins botânicos, parques e herbários, instituições de investigação e muito mais”, explicou à Wilder Renata Ramalho, coordenadora do departamento de comunicação do ITQB (Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier) e uma das coordenadoras do evento em Portugal.  

“O objetivo é levar o público a fascinar-se pelas plantas, descobrir o seu mundo espetacular e mostrar-lhes como são indispensáveis para a vida de todos nós”, acrescentou. 

Portugal começou a participar no Dia Internacional do Fascínio das Plantas em 2012 e desde então sempre o tem feito, incluindo a 2021, apenas com eventos online.

“Portugal tem tido sempre uma adesão muito grande quer das entidades que promovem eventos quer dos cidadãos que participam neles”, comentou Nelson Saibo, investigador do ITQB e um dos coordenadores do Dia Internacional. “Portugal tem ficado sempre entre os três primeiros países a nível mundial com maior número de eventos realizados.  Este ano, por exemplo, estamos em segundo lugar.” 

Segundo Nelson Saibo, “é muito importante que a importância das plantas no nosso dia-a-dia seja comemorada e reconhecida por toda a nossa sociedade, desde os mais novos aos menos novos”.

Este responsável, que coordenou o primeiro Dia do Fascínio das Plantas em Portugal em 2012, considera que as plantas são fascinantes por causa da sua “beleza, diversidade, adaptabilidade aos vários ambientes (inclusive os mais extremos) e pelo facto de nos darem quase tudo aquilo que é essencial para a nossa vida (oxigénio, alimento, medicamentos, roupa, etc)”. 


Agora é a sua vez:

Descubra aqui todas as actividades onde poderá participar.

Durante os próximos dias, a Wilder vai revelar os melhores locais de interesse botânico em Portugal para visitar e que plantas vai querer descobrir em cada um. O primeiro é a Serra do Gerês.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.