10 coisas para fazer na Noite dos Investigadores do Porto

O Porto é uma das 18 localidades portuguesas que vão celebrar, a 30 de Setembro, a Noite Europeia dos Investigadores. Das 27 actividades para aproximar cientistas e cidadãos, escolhemos estas 10, onde vai poder fazer expedições botânicas, aprender a reconhecer pegadas de animais ou a identificar os anfíbios que vivem nos charcos do Jardim Botânico.

 

A Noite Europeia dos Investigadores vai acontecer, em simultâneo, em várias cidades europeias, reunindo milhares de investigadores que querem mostrar o seu trabalho e convidar os cidadãos a participar em experiências científicas. Este evento, promovido e financiado pela Comissão Europeia, pretende aproximar a Ciência da Sociedade.

No Porto, as actividades decorrem no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto e  no Jardim Botânico do Porto, das 18h00 às 00h00. A entrada é livre.

“O objectivo passa por celebrar a ciência e demonstrar o impacto que a investigação científica tem na sociedade e no nosso dia-a-dia”, segundo os organizadores do evento. Para isso, o Museu conta com a colaboração de 15 parceiros e de mais de 30 investigadores, estudantes e voluntários.

De todas as 27 actividades da Noite Europeia dos Investigadores do Porto estas são as 10 escolhas Wilder.

 

Vestígios da Biodiversidade

Analise vestígios deixados pelos animais, como penas, pelos, peles, excrementos, regurgitações e pegadas. Estes estudos permitem aumentar o conhecimento sobre os seres vivos, nomeadamente sobre alguns dos seus hábitos.

Quando: actividade em permanência

Organização: CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto

 

Saída de campo: conhecer os charcos do Jardim Botânico

Durante esta saída de campo acompanhe o trabalho de biólogos que estudam os charcos do Jardim Botânico. Ficará a conhecer as técnicas de estudo usada e poderá observar algumas das espécies que habitam os charcos.

Quando: 19h00 às 21h00

Organização: CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto

 

Visita guiada: naturalistas precisam-se! Uma expedição botânica no século XXI

Neste percurso pelo Jardim Botânico do Porto descubra diversos substratos, desenvolva a curiosidade e capacidade de observação e experimente a herborização de espécies de plantas, usando as técnicas e ferramentas do século XVIII e os novos recursos do século XXI.

Quando: 18h30 às 20h00

Organização: MHNP-UP – Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto

 

Observação da Terra: os satélites na ecologia

Saiba como as imagens de satélite se podem usar no conhecimento do território e da biodiversidade e na monitorização do estado dos ecossistemas. Poderá

observar imagens de satélite, gráficos e fotografias utilizadas no trabalho deste grupo de investigação. Ficará ainda a conhecer o projecto ECOPOTENCIAL – Improving future ecosystem benefits through Earth Observation.

Quando: actividade em permanência.

Organização: CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto

 

Bioquiz

Participe num jogo de perguntas e respostas sobre a Biodiversidade. De forma interactiva poderá testar conhecimentos e descobrir inúmeras curiosidades.

Quando: actividade em permanência.

Organização: CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto e Fundação de Serralves

 

O cultivo de macroalgas e suas aplicações

Conheça culturas de algumas espécies de macroalgas marinhas e resultados de biomassa em diferentes condições de cultivo. Assista a uma demonstração de amostras de extractos de pigmentos, veja uma mostra de produtos produzidos a partir da biomassa oriunda do cultivo de macroalgas e participe na degustação de alguns desses produtos.

Quando: actividade em permanência.

 

Organização: ALGAplus Produção e Comercialização de Algas e Seus Derivados, Lda.

 

O papel das associações de conservação da natureza

Saiba mais sobre o papel destas organizações na educação do cidadão para a sustentabilidade ambiental e fique a par das acções de divulgação científica e educacional realizadas em Portugal, no contexto da biodiversidade e conservação da natureza.

Quando: actividade em permanência

Organização: FAPAS – Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens

 

 

De onde vêm as plantas que comemos?

Diversas plantas têm viajado pelo planeta com o Homem e as suas rotas estão directamente ligadas à história das sociedades humanas. Fenícios, gregos, romanos e árabes, entre outros, chegaram à Península Ibérica trazendo novos alimentos. Sabe quais? De onde vêm os alimentos que comemos hoje? A arqueobotânica ajuda a desmistificar algumas ideias, como por exemplo que a banana não vem do continente americano. Venha conhecer o percurso das plantas e contactar com material vegetal antigo.

Quando: 19h00 às 20h00

Organização: MHNP-UP – Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto

 

Invasoras por todo o lado!

Participe neste jogo sobre o problema das espécies invasoras e os efeitos que têm sobre a biodiversidade. Cada participante procura descobrir características e efeitos de várias espécies invasoras em Portugal continental.

Quando: 20h00 às 21h00

Organização: MHNP-UP – Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto

 

Palestra: uma conversa verde

Durante cerca de uma hora, numa conversa descontraída, vai ouvir falar de plantas, habitats, biodiversidade e da sua relação com o ser humano. Esta actividade é promovida por Paulo Farinha Marques, director do Jardim Botânico do Porto/MHNC-UP

Quando: 19h00 às 20h00

Organização: MHNP-UP – Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Descubra todas as actividades da Noite Europeia dos Investigadores aqui e aqui.

Conheça aqui as 10 actividades a não perder um pouco por todo o país e aqui as sugestões para Lisboa.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.