Dez espectáculos da natureza no Algarve que não pode perder

A Wilder preparou-lhe um mapa naturalista para visitar o Algarve em qualquer estação do ano, com 10 espectáculos imperdíveis para explorar o mundo natural.

 

Pedimos uma ajuda ao Turismo do Algarve para chegarmos a estas 10 sugestões:

 

 

 

  1. Praia de Odeceixe (Aljejur): esta praia, eleita em 2012 uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, é uma ampla língua de areia entre o mar e a ribeira de Seixe que desagua no extremo norte do areal, onde se formam várias lagoas de águas baixas, apetecíveis para banhos tranquilos. Esta ribeira faz fronteira natural entre o Algarve e o Alentejo.
  2. Miradouro da Fóia (Monchique): este é o miradouro mais alto do Algarve, com 902 metros de altitude. Será um dos melhores locais para admirar a serra de Monchique, as suas aves – como a cia ou o tentilhão -, os seus bosquetes e matagais, onde vive a rara borboleta Euphydryas desfontainii. Os melhores locais para a encontrar são as margens das ribeiras. Aproveite para fazer o percurso pedestre circular Trilho da Foia (7 km) em torno do miradouro.
  3. Cabo de São Vicente (Sagres): este cabo é o extremo Sudoeste da Europa Continental e está inserido na Costa Vicentina, único sítio no mundo onde as cegonhas nidificam nas falésias. A zona entre o cabo e Sagres é um dos melhores locais para observar a migração outonal das aves da Europa para África.
  4. Praia da Ponta da Piedade (Lagos): os seis quilómetros entre a Praia de Porto de Mós e a Praia da Batata são considerados uma das imagens de marca do Algarve e um dos troços mais bonitos da região, com as suas rochas, grutas junto à costa. Além disso, é um local de grande importância para o património geológico algarvio.
  5. Algar de Benagil (Lagoa): visite aquele que será o mais famoso algar da costa algarvia. Este é um poço natural que estabelece ligação entre a superfície e a rede de galerias e grutas subterrâneas que comunicam com o oceano. O Algar de Benagil é apenas acessível de barco.
  6. Caimão (Porphyrio porphyrio): Nos anos 80 do século XX, o Ludo da Ria Formosa foi o último reduto do caimão. Desde então, esta ave aquática tem colonizado pequenas zonas húmidas a poente da Ria Formosa, em virtude da adopção de medidas de protecção e da criação de novas lagoas. O seu estatuto de proteção mantém-se vulnerável devido à pequena população e à fragmentação do seu habitat. O caimão é o símbolo do Parque Natural da Ria Formosa.
  7. Cavalos-marinhos (Ria Formosa): Na Ria Formosa, a maior zona húmida do Sul de Portugal, reside a maior comunidade do mundo de cavalos-marinhos, uma espécie em vias de extinção.
  8. Sobreirais da Serra do Caldeirão: Os densos sobreirais típicos desta serra são um ecossistema único no Mediterrâneo, que apenas pode ser encontrado na Península Ibérica e no Norte de África. Uma das melhores formas de conhecer esta paisagem natural é através da Rota da Cortiça em São Brás de Alportel.
  9. Camaleão (Chamaeleo chamaeleo): Este réptil só existe no Algarve. As únicas populações portuguesas de camelão-comum moram nos pinhais costeiros algarvios e nas dunas litorais com vegetação, onde se camuflam. Entre as mais de 150 espécies de camaleões do mundo inteiro, só esta ocorre em Portugal. Experimente procurá-lo no Trilho do Camaleão (5km), na Mata Nacional das Dunas de Vila Real de Santo António, onde é relativamente fácil avistá-los.
  10. Salinas dos sapais de Castro Marim: estas salinas, em pleno funcionamento, são uma paisagem especial, fazendo lembrar pequenos montes de neve numa região exposta ao sol.  São também um bom local para observar aves aquáticas.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais sobre a Algarve Nature Week aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.