Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

Este Verão já pode percorrer a Grande Rota do Bussaco

Já está criada, e totalmente sinalizada, a Grande Rota do Bussaco, um percurso linear de 56 km, com epicentro na Mata Nacional do Bussaco e que liga aos três concelhos limítrofes da Mata: Mealhada, Mortágua e Penacova.

 

A Câmara Municipal da Mealhada, que anunciou a criação desta Grande Rota do Bussaco a 5 de Agosto, explica que o percurso começa no Parque da Cidade, onde está colocada a placa indicativa do quilómetro zero do percurso GR49.

A Grande Rota incorpora três ramais – Mealhada-Bussaco (12 quilómetros); Mortágua-Bussaco (21 quilómetros) e Penacova-Bussaco (23 quilómetros) -, com o epicentro na Mata Nacional do Bussaco.

A partir da Mealhada, até ao Convento de Santa Cruz do Bussaco, são 11,56 quilómetros de diferentes paisagens, como os vinhedos da Bairrada ou a vila de Luso.

Chegados à Mata Nacional do Bussaco (105 hectares), com diversas espécies raras, os visitantes encontram o Arboreto (cerca de 65% da área da mata), Jardins e Vale dos Fetos, Pinhal do Marquês, a Floresta Relíquia e o Adernal, uma formação vegetal única dominada por adernos de grande porte arbóreo.

Este epicentro liga também às duas outras rotas – Mortágua/ Bussaco e Penacova/ Bussaco – “tirando partido da qualidade e exuberância da biodiversidade da Mata Nacional do Bussaco e revelando as aldeias e as suas histórias, nomeadamente as relativas às invasões napoleónicas e ao papel dos povos e da Mata na derrota das pretensões francesas”, explica a autarquia.

Esta Grande Rota inclui ainda uma outra rota designada “Trilho das Árvores Notáveis”. Trata-se de um percurso interpretativo, dentro da Mata Nacional do Bussaco, circular com 6,7km de extensão, pelas árvores classificadas como notáveis e que inclui espécies como o cedro do Bussaco, a sequóia, araucárias, eucaliptos, pseudotsuga, mirtilo-da-nova-zelândia ou freixo-verde, espécies introduzidas pelos Carmelitas Descalços desde o final do século XVI.

A Grande Rota do Bussaco é um projecto da CIM-Região de Coimbra para valorizar os corredores de património natural da região.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.