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Gigantes marinhos feitos de anzóis chegam ao Oceanário

A nova exposição “Hooked on Life”, com peças únicas criadas a partir de anzóis pelo artista plástico holandês Vincent Mock, abre ao público este sábado, dia 29 de Junho.

No átrio do Oceanário de Lisboa, no Parque das Nações, vão estar expostas esculturas de sete animais marinhos em tamanho real construídas totalmente com anzóis – incluindo uma manta, uma tartaruga-de-couro, um tubarão-anequim e um tubarão-raposo – “criadas especialmente para esta mostra.”

“Esta exposição pretende alertar para o ritmo alarmante da exploração dos recursos marinhos que leva ao seu esgotamento”, avança o Oceanário de Lisboa, numa nota sobre a nova iniciativa.

Algumas das peças com anzóis criadas por Vincent Mock já estiveram em Amesterdão, Nova Iorque e Israel, estimando-se que foram vistas por cerca de 100.000 visitantes.

“Em Timor-Leste, foram desenterrados anzóis que datam de há 42.000 anos. Estas ferramentas antigas, fabricadas a partir de conchas do mar, simbolizam um tempo em que estávamos mais em harmonia com o nosso ambiente natural”, afirma o artista holandês, no seu site.

“No entanto, estes anzóis [das peças expostas] servem como símbolo da destruição do ambiente marinho pela humanidade. Todos os dias, com uma precisão sistemática, a indústria pesqueira lança milhões de longas linhas de anzóis em águas internacionais, não reguladas”, lamenta.

Ainda assim, Vincent Mock sublinha que estas “construções metálicas cheias de brilhos” – “suspensas no espaço como se flutuassem sem peso”, quando na verdade chegam a pesar centenas de quilos – referem-se à “própria vida duradoura do oceano”.

As sete peças vão estar expostas ao público até 30 de Setembro e estão integradas no preço dos bilhetes de visita à exposição permanente.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.