planta com flores roxas
Foto: Joana Bourgard

Há um novo podcast sobre o mundo vegetal

Por que é que diferenciamos tão bem certos animais de outros, mas quase ninguém distingue um carvalho de um choupo? Por que tratamos azinheiras e plátanos por ‘árvores’ e não pelos seus nomes? “Todas as Plantas têm Nome” desafia agora os portugueses a conhecerem um pouco mais do mundo vegetal.

 

O podcast “Todas as Plantas têm Nome” resulta de uma colaboração entre o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e a Rádio Universidade de Coimbra, onde é transmitido todas as quartas-feiras de manhã durante o programa Alvorada, entre as 9h00 e as 10h00.

Em pouco mais de um minuto, um entre vários especialistas em botânica que participam neste programa responde a uma dúvida relacionada com o mundo das plantas, uma por cada episódio. Fala-se por exemplo sobre as plantas raras que há no mundo, sobre a relação entre cogumelos ou sobre as propriedades do aloé vera.

Para já, estão disponíveis cinco episódios para quem quiser ouvir.

Do lado de quem dá as respostas às dúvidas lançadas está por exemplo o director do Jardim Botânico da UC, António Carmo Gouveia, que logo no primeiro programa lança o mote deste podcast: “Não temos dificuldade em distinguir um tigre de um leopardo ou um leão de um jaguar, e todos pertencem ao género Pantera, mas para plantas muito próximas, por exemplo do género Quercus, como a azinheira, um carrasco, um sobreiro ou um carvalho negral, usamos o nome de árvores para todas”, nota.

“Se não quiser continuar a usar o nome de plantas para todas, venha ao Jardim Botânico”, apela António Carmo Gouveia, lembrando que “todas as plantas têm nome”.

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.