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Libélulas e libelinhas para descobrir no Jardim Gulbenkian

Os meses de Verão, em especial os dias de sol, são a melhor altura do ano para encontrar libélulas e libelinhas, insetos elegantes em tons metálicos e iridescentes e com uma poderosa visão.

Em Portugal são conhecidas 42 espécies de libélulas e 23 espécies de libelinhas. As primeiras são normalmente maiores, mais velozes e têm as asas abertas quando em repouso; as segundas são mais delicadas e, quando em repouso, preferem manter as asas fechadas ou ligeiramente abertas.

Aqui ficam quatro espécies para procurar, durante as próximas semanas. Partilhe connosco as suas observações e registos em: [email protected].

 

Libélula Tira-olhos-menor (Anax parthenope):

uma libélula
Foto: Andreas Eischler/Wiki Commons

 

À semelhança das restantes libélulas, a Tira-olhos menor tem uma grande capacidade de voo, pelo que pode ser encontrada a caçar insetos longe da água. As asas da Anax parthenope ficam abertas e na horizontal quando está em repouso. É uma das 10 espécies da família Aeshnidae que ocorrem em Portugal e pode ser encontrada noutros países da Europa do Sul, Norte de África e Ásia.

 

Libélula Imperador-azul (Anax imperator):

libélula imperador-azul
Foto: Ferran Pestaña/Wiki Commons

 

Outra das espécies da família Aeshnidae que habitam em Portugal. A imperador-azul é uma das maiores libélulas da Europa e pode encontrar-se de Norte a Sul de Portugal, quase sempre nas proximidades de locais com muita água e rodeados de vegetação. Costuma ser fácil de reconhecer, com o corpo azul, os olhos verde-azulados e os lados do tórax em tom verde. Pode chegar aos nove centímetros de comprimento.

 

Libélula-escarlate (Crocothemis erythraea):

libélula escarlate
Foto: Elgollimoh/Wiki Commons

 

Esta é uma libélula comum em Portugal e fácil de identificar, pelo menos os machos. Estes são de um vermelho vivo inconfundível. Já as fêmeas e os imaturos são de um amarelo acastanhado. Procure estes insetos perto de zonas com água de pouca profundidade, em especial na vegetação.

 

Libelinha Lestes-comum (Chalcolestes viridis):

libelinha
Foto: Quartl/Wiki Commons

 

Esta libelinha, de tons verdes metálicos, reproduz-se em zonas de águas calmas bordeadas por árvores ou arbustos. Tem o hábito característico de passar muito tempo pousada nas folhas das árvores. Quando chega a altura certa, põe os seus ovos na casca de salgueiros ou amieiros.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Para saber mais sobre libélulas, libelinhas e outros insetos, pode consultar o Catálogo da exposição Insectos em Ordem, aqui.

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Quantas destas sugestões consegue descobrir? O seu desafio é fotografar ou desenhar o maior número de elementos que encontrar. Partilhe as suas imagens enviando-as para [email protected]. A Wilder publicará as melhores.

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Ao longo do ano, a cada mês, a revista Wilder sugere-lhe a natureza que não pode perder no Jardim Gulbenkian.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.