Mercado Municipal de Tavira abre banca com lixo marinho

Durante o Verão, quem visitar esta banca tem a oportunidade de ver o tipo e a quantidade de lixo que vai parar ao mar e às praias e descobrir quais as consequências para a vida marinha.

 

Esta banca vai estar no Mercado Municipal de Tavira até 12 de Setembro e poderá ser visitada entre as 09h30 e as 12h30, todas as sextas-feiras e sábados, informou o Centro Ciência Viva de Tavira, entidade responsável pelo projecto Acção Lixo Marinho!

Os visitantes encontrarão na banca “uma amostra do tipo e da proporção de lixo que é possível encontrar no mar e nas praias”. Além disso, também poderão ficar a conhecer os impactos que este lixo causa na vida marinha, na economia local e na sociedade em geral.

 

 

O projecto, de âmbito nacional, é coordenado pelo Centro Ciência Viva de Tavira e envolve 12 parceiros representativos das unidades territoriais conhecidas como NUTS II (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos II).

Pretende “levar as pessoas a estabelecerem a relação consciente entre a saúde do oceano global e o bem-estar humano” e defende uma “economia circular de longo prazo no que diz respeito ao consumo e produção de resíduos”, explica o Centro Ciência Viva de Tavira, em comunicado.

A banca no Mercado Municipal, que conta com a cooperação da Câmara Municipal de Tavira, é apenas uma das acções de sensibilização para a problemática do lixo marinho deste projecto. Outras actividades estão direccionadas à comunidade em geral e ao público escolar.

 

 

“O grande objetivo do projecto Acção Lixo Marinho! é estimular a reflexão, inspirar a mudança de comportamentos e contribuir para o estabelecimento de gerações futuras que concebem o oceano, os seus recursos e os serviços por ele prestados como uma riqueza a ser explorada com responsabilidade.”

O projecto Acção Lixo Marinho! é financiado pelo Fundo Azul, um mecanismo de incentivo financeiro do Ministério do Mar, destinado a “potenciar o desenvolvimento da economia do mar, apoiar a investigação científica e tecnológica, incentivar a proteção e monitorização do meio marinho e incrementar a segurança marítima”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.