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Os livros do mês

As nossas sugestões de obras que chegam às livrarias em Junho. 

 

FIELD NOTES FROM THE EDGE

Por Paul Evans

Rider Books

Data de publicação: 4 de Junho

Preço: 14,99 libras

 

O aclamado cronista da série “Country Diary”, no jornal britânico Guardian, procurou a natureza escondida nos interstícios de algo mais importante. Paul Evans leva-nos ao cimo de penhascos, à profundidade de grutas, às zonas onde a água recuou e deixou a sua marca, a ruínas ou às lamas escorregadias dos sapais. É aqui, onde um tipo de natureza está à beira de se transformar noutro diferente, que o autor procurou a vida selvagem e as plantas para revelar que a natureza é inspiradora mesmo quando menos se espera. Que pode ser miraculosa e ainda assim mundana; parte sagrada, parte terra de ninguém. Este livro combina o olhar apurado de um naturalista com a veia poética de um escritor considerado um dos melhores autores de literatura de natureza ingleses.

O último livro de Paul Evans, “Herbaceous” (Maio de 2014), foi dedicado à evolução das plantas ao longo dos 12 meses do ano e a sua resposta às alterações do clima.

 

IN PURSUIT OF BUTTERFLIES – A FIFTY-YEAR AFFAIR

Por Matthew Oates

Bloomsbury

Data de publicação: 4 de Junho

Preço: 16,99 libras

 

Matthew Oates tem dedicado a vida às borboletas. Ao longo dos anos, este naturalista e apaixonado por poesia não só estudou e observou estes animais como trabalhou para garantir a sua sobrevivência. Assim, e baseado em 50 anos de diários detalhados, este livro é uma crónica da sua própria vida.

Oates leva o leitor consigo nas suas viagens e passeios por montanhas, turfeiras, penhascos junto ao mar, prados e florestas das ilhas britânicas. Recheado de humor, conhecimento e experiência, “In Pursuit of Butterflies” surge como um oportunidade para conhecer melhor as borboletas e a vida de quem lhes dedicou quase tudo.

 

LE GUIDE DE LA SURVIE DOUCE EN PLEINE NATURE

Por François Couplan

Larousse

Data de publicação: 3 de Junho

Preço: 17,90 Euros

 

François Couplan, etnobotânico francês especializado nos usos tradicionais das plantas silvestres nos cinco continentes, traz-nos um livro sobre a relação mais próxima que podemos ter com a natureza.

Este é um guia com conselhos e técnicas para “sobrevivermos” no meio natural e para nos sentirmos à vontade num ambiente que, à partida, consideramos hostil. Há dicas de como nos orientarmos no terreno, quais as plantas e os cogumelos comestíveis e quais os venenosos, como encontrar água e ainda tem receitas de cozinha. Mas também sugere como podemos viver mais perto da natureza mesmo nas nossas casas e cidades. Couplan lembra que passar mais tempo na natureza, em contacto com o “selvagem” permite apaziguar o corpo e o espírito.

 

THE WILD INSIDE (ficção)

Por Christine Carbo

Atria Books

Data de publicação: 16 de Junho

Preço: 16 dólares

 

Uma noite no Glacier National Park, Estados Unidos, um urso castanho ataca e mata o pai de Ted Systead, de 14 anos. Agora, 20 anos depois, Ted regressa ao mesmo local enquanto investigador de um outro crime com grandes semelhanças. Mas à medida que trabalha no caso apercebe-se que está em jogo muito mais do que a vida humana, incluindo a da criatura fantástica que tirou a vida ao seu pai. “The Wild Inside” é o romance de estreia de Carbo sobre o que pode acontecer quando Homem e Natureza se cruzam.

 

AN OAKWOODS ALMANAC

Por Gerry Loose

Shearsman Books

Data de publicação: 19 de Junho

Preço: 18 dólares

 

Foram vários os anos que Gerry Loose passou a caminhar pelos bosques e a observar a poesia das nuvens e do vento, da dança das borboletas, ao som de aves como carriças e corvos.

Este é um almanaque de dois bosques diferentes, um nas terras altas da Escócia e outro na costa junto ao Mar Báltico na Finlândia, e celebra a vida selvagem e as populações humanas que lá vivem.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.