Paul de Tornada. Foto: Wilder/Arquivo

Primeiro bioblitz do Paul de Tornada convida-o a contar as espécies outonais

De 8 a 10 de Novembro todos estamos convidados a contar espécies de aves, cogumelos, répteis, anfíbios, mamíferos e plantas para celebrar o 10º aniversário da Reserva Natural Local Paul de Tornada.

A Reserva Natural Local do Paul de Tornada, nas Caldas da Rainha, é uma zona húmida de importância internacional onde vivem mais de 140 espécies de animais.

Tem cerca de 45 hectares, 25 dos quais permanentemente alagados e um sistema de valas de drenagem que conflui no rio Tornada.

Além das espécies que vivem todo o ano no paul, como as duas espécies de cágados selvagens do país, há outras que o procuram durante as migrações para se alimentar e descansar.

Para descobrir toda esta biodiversidade vai ser organizado o primeiro Bioblitz na Reserva Natural Local Paul de Tornada, de 8 a 10 de Novembro, anunciou hoje a reserva. Inicialmente estava previsto também o dia 2 de Novembro mas, devido à previsão de chuva, o evento para esse dia foi cancelado, explicaram os organizadores.

O objectivo é “registar o maior número de espécies outonais”. Basta levar roupa confortável e calçado impermeável.

“Ao contrário de um inventário científico, que é limitado a biólogos e outros investigadores, o Bioblitz pretende ser uma inventariação relâmpago de espécies de plantas e animais, feita com a participação do público e de entrada gratuita”, explica a equipa do Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada, em comunicado enviado à Wilder. 

O programa é dirigido às escolas (no dia 8 de Novembro) e ao público em geral, nos dias 9 e 10 de Novembro (fins-de-semana).

O Bioblitz conta com a participação de vários investigadores e naturalistas – da Universidade de Coimbra, do MARE-ISPA – Peixes Nativos, Plecotus, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Reserva Natural Local do Paul de Tornada – que irão realizar atividades de monitorização para contagem e identificação das espécies. 

Programa:

8 de Novembro – comunidade escolar:

14h00 – 17h00 

Plantas aquáticas, répteis e anfíbios | Jael Palhas

Plantas | Cristina Reboleira

Micromamíferos | Ricardo Fragoso

 
Macroinvertebrados | Sara Moreira

9 de Novembro:

09h00 -10h00 – Plantas aquáticas, répteis e anfíbios | Jael Palhas

10h00 – 12h00 – Cogumelos e aves | Fernando Pereira

14h00 – 17h00 – Ictiofauna (peixes) | Carla Sousa Santos

16h00 –  21h00 – Morcegos – Pedro Jorge Alves

10 de Novembro:

07h00-13h00 – Anilhagem científica de aves | Fernando Pereira

Pode inscrever-se no Bioblitz aqui.

Se tiver dúvidas, este é o contacto para mais informações.


O Bioblitz, co-financiado pelo Fundo Ambiental – Programa Conservação da Natureza e da Biodiversidade, insere-se no projeto “Paul Natura 2000”, sendo promovido pelo GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, contando com o apoio da Associação PATO e da Reserva Natural Local do Paul de Tornada. A monitorização dos peixes e macroinvertebrados está também inserida no projecto “Por estes Rios acima – Conhecer para proteger”, cofinanciado pela União Europeia e pelo Camões, I. P., no âmbito do projecto “No Planet B” – AMI. 


Saiba mais.

Saiba aqui por que é este paul tão importante para as duas únicas espécies portuguesas de cágados selvagens.

Agora é a sua vez.

A equipa do Centro Ecológico Educativo do Paul, dá-lhe oito sugestões para descobrir o Paul de Tornada no Outono.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.