Saiba o que fazer na noite mais científica do ano

A Noite Europeia dos Investigadores está de regresso, este ano a 29 de Setembro. Dezenas de investigadores organizam centenas de actividades para partilhar consigo conhecimento e fascínio pela Ciência. Estas são as 15 actividades sobre o mundo natural que gostávamos mesmo de fazer.

 

A ideia é simples e já acontece há vários anos. No último sábado de Setembro, em toda a Europa, investigadores de várias áreas partilham experiências e o seu conhecimento com o cidadão comum, com outros investigadores, investidores e políticos. Numa única noite por ano, cientistas e público podem comemorar a ciência através de uma série de atividades que decorrem em simultâneo pelas várias cidades europeias.

O objectivo desta noite é “desmistificar a ciência e quebrar as barreiras que a separam do cidadão comum”, explicam os organizadores em comunicado.

Aqui ficam 15 actividades imperdíveis:

 

Demonstração de preparação de insectos:
Ao longo da noite será feita uma demonstração de preparação de espécimes de insetos para coleção científica / exposição. Esta actividade está associada à actividade “Os artrópodes, invertebrados articulados”.
Organização: Universidade de Lisboa, Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Local: Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Quando: em períodos fixos (19h00; 20h00; 21h00; 22h00 e 23h00)

 

O lado vivo do solo:
Sabia que há vida no solo? Este tema tem como objetivo chamar a atenção para o papel crucial que o solo (em especial os seus componentes vivos) tem no funcionamento dos ecossistemas e de como o nosso dia-a-dia depende desse mesmo funcionamento.
Organização: ULISBOA-FC, Centre for Ecology, Evolution and Environmental Changes (cE3c)
Investigadores: Teresa Dias, Cristina Cruz, Maria Amélia Martins-Loução, Juliana Melo, João Melo, Florian Ulm e Catarina Gouveia
Local: Museu Nacional de História Natural e da Ciência – LISBOA
Quando: 18h00 às 24h00

 

Os artrópodes, invertebrados articulados:
Borboletas, aranhas, caranguejos e lagostas são alguns dos exemplares das coleções de artrópodes do Museu que o público poderá ver e saber mais sobre as diferenças e diversidade que há neste grupo tão abundante em terra, como no mar.
Organização: ULISBOA, Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Investigadores: Luís Filipe Lopes e Alexandra Cartaxana
Local: Museu Nacional de História Natural e da Ciência – LISBOA
Quando: 18h00 às 24h00

 

Quiz “Quem quer ser naturalista amador?”
Quiz sobre a biodiversidade nacional, realizada por especialistas portugueses relevando algumas curiosidades da nossa fauna e flora.
Investigadores: Patrícia Tiago, Filipe Ribeiro, Luís Tiago, Ana Veríssimo
Organização: Biodiversity4all – Associação Biodiversidade para Todos
Local: Jardim do Príncipe Real, Lisboa
Quando: 18h30 às 20h00

 

À descoberta do Projecto Rios:
Descubra e aprenda mais sobre os nossos rios e ribeiras. Entre lupas, tabuleiros, redes e outros materiais vai poder conhecer alguns dos animais que existem nos rios e aprender a avaliar a qualidade da água. Aprenda a ser um protetor da natureza!
Organização: Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA)
Local: Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP)
Quando: 18h00 às 24h00

 

Escorpiões, animais nocturnos:
Nesta atividade ficará a conhecer melhor o carismático escorpião. Quais os aspetos anatómicos, fisiológicos e comportamentais que caraterizam estes animais? Como estão distribuídos os escorpiões e qual a importância de os preservar? Estas são algumas das questões a que vai ver respondidas nesta ação ligada a estes invertebrados.
Organização: CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva
Local: Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP)
Quando: 18h00 às 24h00

 

Workshop “Os ovos misteriosos e o mistério resolvido”
Oficina dirigida a crianças entre os 6 e os 10 anos, composta pelo conto da história “Os Ovos Misteriosos” de Manuela Bacelar e Luísa Ducla Soares e atividades hands-on de ciência relacionadas com o tema do livro. Lugares limitados
Organização: Escola de Ciências da Universidade do Minho
Local: Edifício dos Congregados, Avenida Central, Braga
Quando: 16h00 às 17h30

 

Workshop sobre morcegos

Os morcegos, apesar de essenciais para a preservação do equilíbrio dos ecossistemas são muito vulneráveis às alterações do ambiente e, por isso, muitas das suas espécies encontram-se ameaçadas. Conheça melhor os morcegos e descubra algumas das características deste grupo de seres vivos tão importante para o equilíbrio dos ecossistemas.
Local: Planetário – Casa da Ciência de Braga
Quando: 20h30
Responsável: investigador Daniel Ferreira.
Requer inscrição gratuita ([email protected]).

 

A ecologia das aranhas:

Onde vivem e em que circunstâncias? Serão mesmo todas venenosas? E o que dizer da conhecida aracnofobia? O investigador Luís Crespo, da Universidade de Barcelona é apaixonado por aranhas e dedica-se a estudá-las. Nesta Noite Europeia dos Investigadores 2017 vem partilhar com o público o seu conhecimento sobre estes animais tão fascinantes quanto arrepiantes!
Quando: 21H00
Local: Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra

 

Visitas nocturnas ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra:
Venha fazer uma visita guiada pelo Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e descobrir a sua vida noturna. Inscrições no local.
Quando: 20h00; 21h00; 22h00

 

Ciência a bordo: golfinhos

Como é que os golfinhos usam este habitat costeiro, onde a maioria dos turistas só procuram sol e praia? Durante a maioria do seu tempo de vida, os cetáceos estão inacessíveis aos nossos olhos, e sabemos ainda muito pouco sobre este grupo de mamíferos marinhos. Nesta actividade junta-se a ciência ao turismo para responder a algumas perguntas simples sobre estes animais. Durante a palestra será feita uma pequena demonstração do que fazer se encontrar um cetáceo arrojado no areal.
Quando: 20h00
Local: Centro Ciência Viva de Lagos
Responsável: Sara Magalhães (Mar Ilimitado).

SOS Abelhas:
Conheça a Vespa velutina, vespa asiática, ou vespa das patas amarelas, espécie exótica e invasora que é um predador de abelhas e outros artrópodes.
Organização: INIAV
Local: Pavilhão do Conhecimento, Lisboa (exterior)

 

+ Endémicas:
Dinâmica relacionada com a conservação de espécies endémicas e nativas dos Açores. O objetivo principal é a preservação do material genético de cada espécie, principalmente as mais raras e que se encontram em perigo de extinção. Pelo Parque Natural S. Miguel.
Quando: 18h00; 23h00
Local: Expolab Centro Ciência Viva (São Miguel, Açores)

 

SOS Oceanos:
Exposição de artes plásticas, cujas obras construídas com reutilização e reciclagem de vários materiais, incluindo “lixos” encontrados na praia, pretende sensibilizar e envolver a comunidade na conservação da Natureza e educar para a alteração de comportamentos, promovendo a descoberta e compreensão dos oceanos, bem como a preservação das espécies marinhas.
Quando: 20h00 às 00h00
Local: Centro Ciência Viva de Sintra
Responsáveis: Maria Del Mar Amate e Marta Gaspar

 

Café com Ciência “Alterações climáticas – impacto no meio marinho e zonas costeiras”:
Este é o tema para uma agradável conversa informal com vários investigadores, entre os quais Óscar Ferreira e Susana Costas do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), Pedro Guerreiro e João Silva do Centro de Ciências do Mar (CCMAR).
Quando: 21h00 às 23h00
Local: Centro Ciência Viva de Tavira

[divider type=”thick”]Conheça a programação completa organizada, de Norte a Sul do país:

A Noite Europeia dos Investigadores é uma iniciativa promovida por dois consórcios: um é o consórcio Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa (entidade proponente do consórcio SCILIFE Science in Everyday Life – Ciência no Dia-a-Dia) em parceria com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Universitário de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto e a Escola de Ciências da Universidade do Minho.

O outro é o consórcio Ciência Viva, ITQB, Universidade de Coimbra e i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.